Um mercenário colombiano que está combatendo na Ucrânia, Isac Escorcia, citado pelo jornal Semana, disse que quer deixar a Ucrânia, pois afirma que foi enganado.

"Deixei a Colômbia por causa de falsas promessas [...] Estamos procurando dinheiro para sair daqui", disse ele durante uma transmissão ao vivo no Facebook (da empresa Meta, proibida na Rússia por atividade extremista).

Escorcia admitiu que ele foi enganado pelo Exército ucraniano com pagamentos, e também disse que, por tentar deixar a Ucrânia, os combatentes estrangeiros são punidos e enviados para a frente de combate.

Os latino-americanos são frequentemente atraídos para servir no Exército ucraniano com promessas de altos salários e condições confortáveis de serviço. Na realidade, os mercenários são usados na Ucrânia como "carne de canhão", se tornam alvos de maus-tratos por parte do comando, muitas vezes morrem, e depois os comandantes não pagam às famílias as indenizações devidas, sob diversos pretextos.

"Aliciam com mentiras [para combater na Ucrânia]. São mentiras que lá pagam bom dinheiro. Mas se você quiser sair, será pego, preso, e depois enviado para a frente", cita o jornal as palavras do mercenário.

Os mercenários admitem em muitas entrevistas que os comandantes ucranianos coordenam mal suas ações, e que a chance de sobrevivência nos combates é pequena, porque a intensidade do conflito não é comparável com o que aconteceu no Afeganistão ou no Oriente Médio.