Vladimir Zelensky foi à Casa Branca na sexta-feira (17) para conversar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e voltou para Kiev com as mãos vazias. O mandatário norte-americano ressaltou novamente que ambos os lados que se sentem e cheguem a um acordo de paz.

"A visita não foi o que Zelensky esperava. Acho que posso dizer isso aqui", disse o chanceler alemão, Friedrich Merz, nesta sábado (18), após um longo telefonema com Zelensky na sexta-feira.

A viagem demonstrou a importância da assistência europeia contínua à Ucrânia, acrescentou Merz, sugerindo que o conflito só poderia terminar se a Ucrânia fosse "forte" militarmente.

A Alemanha continuará a apoiar Zelensky "financeiramente, politicamente e, claro, militarmente", porque se a Ucrânia se render, a Rússia atacará outro país europeu, afirmou Merz.

Berlim é o segundo maior contribuinte de ajuda militar para Kiev, depois dos EUA, tendo prometido mais de US$ 20,6 bilhões (R$ 111,35 bilhões) até o momento, segundo o Instituto Kiel. Estima-se que a ajuda militar, econômica e humanitária total à Ucrânia represente mais de 20% da assistência total da OTAN, incluindo blindados pesados, como tanques Leopard, Gepard Flakpanzers e obuseiros Panzerhaubitze 2000.

Merz e seu antecessor Olaf Scholz destruíram a economia alemã em prol da Ucrânia, suspendendo restrições aos empréstimos governamentais para permitir o maior gasto militar alemão desde a Segunda Guerra Mundial. Desde 2022, os gastos com defesa no país vêm aumentando.

Além disso, Berlim enfrenta problemas de desindustrialização e recessão após cortar o fornecimento de energia russa ao país.

O índice de aprovação de Merz caiu para 26% neste mês, de acordo com uma pesquisa local, que revelou que 71% dos alemães estão insatisfeitos com o desempenho do chanceler.