A perícia criminal confirmou que o casal Larissa Viana dos Santos e José Jadilson Gomes da Silva, ambos de 19 anos, morreu por intoxicação causada por monóxido de carbono. O caso aconteceu no dia 14 de setembro, em Igaci, no interior de Alagoas, e mobilizou as polícias Civil e Científica após as vítimas serem encontradas desacordadas dentro de um carro.

De acordo com o médico-legista Carlos Alexandre, o exame necroscópico descartou qualquer indício de violência e apontou sinais claros de asfixia. “O corpo apresentava a tonalidade vermelho-cereja, típica de intoxicação por monóxido de carbono. Os exames internos e externos confirmaram a asfixia e afastaram a hipótese de agressão”, explicou.

A perita criminal Lívia, responsável pelas análises laboratoriais, confirmou o resultado. “Foram detectados altos níveis de monóxido de carbono no sangue das vítimas, especialmente em Larissa, com 49% de carboxihemoglobina — índice compatível com morte por intoxicação. Não havia presença de álcool, drogas ou veneno”, detalhou.

O caso teve início quando familiares notaram o desaparecimento de José Jadilson e iniciaram as buscas. Larissa foi encontrada sem vida no interior do veículo, enquanto o rapaz ainda apresentava sinais vitais, mas morreu após ser socorrido à UPA.

Segundo o delegado Antônio Edson, que conduz o inquérito, os laudos confirmam que se tratou de uma morte acidental. “Com base nas perícias, o caso será encerrado como morte acidental e encaminhado à Justiça”, afirmou.

O monóxido de carbono é um gás tóxico, incolor e sem cheiro, gerado pela combustão incompleta de motores ou equipamentos movidos a combustível. Em ambientes fechados e sem ventilação, sua inalação pode causar asfixia e levar à morte em poucos minutos.