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Rússia e China pressionam ONU a adiar sanções ao Irã, mas Conselho de Segurança rejeita proposta

Um projeto de resolução russo e chinês para adiar o retorno das sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) ao Irã foi rejeitada nesta sexta-feira (25) no Conselho de Segurança, composto por 15 membros. Apenas quatro países votaram a favor da iniciativa, enquanto nove países votaram contra e dois se abstiveram.
As sanções da ONU ao Irã devem ser reimpostas às 20h00 de sábado (27), depois que França, Alemanha e Reino Unido acusaram Teerã de violar o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), de 2015. O Irã nega buscar desenvolver armas nucleares e afirma que seu enriquecimento de urânio serve a fins pacíficos, enquanto a Rússia considerou que a decisão não tem base legal.
A atual crise do JCPOA tem origem na retirada dos Estados Unidos do acordo nuclear, em 2018, disse o vice-embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Dmitry Polyanskiy, também nesta sexta-feira (25), na ONU.
"A crise atual em torno do JCPOA tem suas raízes na retirada dos EUA e na posterior recusa das partes europeias em também cumprir suas obrigações," disse Polyanskiy durante uma reunião do Conselho de Segurança. "Os Estados Unidos, o Reino Unido e a França estão tentando destruir completamente o acordo nuclear com o Irã."
Ainda segundo o representante da Rússia no conselho, o Irã fez de tudo para acomodar os europeus e os EUA, "mas as potências ocidentais não fizeram compromissos". A Rússia "categoricamente não reconhece" o anúncio da restauração das sanções contra o Irã, concluiu.
Em resposta, Teerã anunciou na semana passada que vai suspender a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Segundo a república islâmica, a troika europeia — Londres, Paris e Berlim — age de forma imprudente na adoção de medidas hostis.
A cooperação com a AIEA já havia sido suspensa devido aos ataques estadunidenses e israelenses a instalações nucleares do país. No entanto, havia sido restabelecida em 9 de setembro, através da mediação do Egito.
Em 22 de agosto, o chanceler iraniano, Abbas Araghchi, alertou, em conversa telefônica com seus homólogos europeus e a alta representante da União Europeia, Kaja Kallas, que qualquer tentativa de retomar as sanções seria injustificada do ponto de vista legal e moral e acarretaria graves consequências.
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