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Membro do Fed sinaliza apoio a novos corte de juros e defende maior foco no mandato de emprego

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Richmond, Tom Barkin, sinalizou, em evento do Peterson Institute for International Economics (PIIE), que novos cortes de juros podem ser apropriados para ajudar a manter o mercado de trabalho dos Estados Unidos saudável. Segundo ele, os dirigentes podem debater qual será a magnitude adequada de futuras reduções nas taxas, mas "não há dúvidas de que devemos nos voltar um pouco para o mandato de emprego".
Barkin ponderou que não há sinais evidentes de um "colapso" no mercado de trabalho e que os riscos estão relativamente equilibrados com os de inflação elevada. "Mas ela parece estar em forma melhor que a prevista e em trajetória de queda para 2%, ao contrário da taxa de desemprego, que parece frágil e caminhando na direção contrária a desejada", disse.
O dirigente apontou que as dinâmicas de emprego e consumo parecem saudáveis nos EUA, mas que a "grande questão" é se a população conseguirá manter seus empregos diante das novas políticas do governo. "Demissões costumam gerar queda brusca no consumo por temores sobre o futuro da renda e afetar atividade econômica, o que seria uma preocupação para nós", avaliou.
No momento, Barkin vê um processo geral de desaceleração conjunta da oferta e demanda por mão de obra no mercado de trabalho, graças principalmente a políticas de imigração. Contudo, ele destacou que os dados parecem não representar com precisão uma grande oferta para vagas que exigem mão de obra menos qualificada. "Esses empregos menos atraentes podem ser substituídos em curto prazo, sinal de um mercado de trabalho instável", observou.
Esse conjunto de fatores incentivou o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, em inglês) a cortar as taxas de juros em 25 pontos-base em setembro para apoiar o emprego e ainda controlar a inflação ao deixar a política monetária menos restritiva, argumentou Barkin, que não tem direito a voto nas decisões deste ano.
Tarifas
No mesmo evento, o presidente do Federal Reserve de Richmond enfatizou os persistentes riscos que o regime tarifário dos Estados Unidos impõe à inflação no país. Ele alertou que os efeitos das tarifas sobre os preços ainda são incertos, em um cenário de inflação "já elevada".
Até agora, as empresas hesitam em repassar os custos tarifários aos consumidores, segundo Barkin. No entanto, o dirigente prevê que as companhias repassarão esse impacto em algum momento, o que atrasa as consequências das sobretaxas. Ele evitou especular se a Suprema Corte reverterá as tarifas.
Para ele, é importante observar se as tarifas terão efeito apenas temporário ou duradouro. Historicamente, leva algum tempo para reduzir a inflação à meta de 2% após um repique, de acordo com ele. Mesmo assim, Barkin garante que o Fed não pensa em alterar a meta.
As expectativas de inflação, por enquanto, permanecem ancoradas, no entendimento dele.
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