O Ocidente não é mais um modelo a seguir, e é preciso ter a coragem de reconhecer isso e seguir seu próprio caminho, disse o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán.

Orbán apontou que a União Europeia (UE) está à beira de uma crise de dívida, de imigração, violência e políticas falhadas.

"Precisamos de coragem intelectual, política e pessoal para reconhecer que o Ocidente não é mais um modelo e mostrar que há um caminho melhor", ressaltou.

Neste contexto, o político húngaro sublinhou que seu país continua seguindo e se mantendo firme em seu curso.

Ele especificou que a Hungria é um país sem imigrantes ilegais, para a família e que proporciona oportunidades para aqueles que estão dispostos a trabalhar.

Orbán afirmou anteriormente que, se a UE continuar com sua política econômica atual, seus dias estão contados, ela própria se desintegrará, não valendo a pena os países saírem dela, e que o prazo para uma possível mudança radical é de dois a três anos.

Segundo ele, a Europa se desintegrará a menos que os liberais no poder em Bruxelas sejam substituídos por representantes de governos patrióticos, por isso são necessárias "limpezas" semelhantes às que ocorrem nos Estados Unidos.

Orbán também declarou anteriormente que a era de 500 anos de domínio da civilização ocidental chegou ao fim, que a estratégia de ocidentalização do mundo fracassou, que o centro da economia mundial se deslocou para o Oriente e que o próximo século será o século da Eurásia.

Conforme ele, a ordem mundial liberal acabou, e os países que souberem extrair o máximo de si mesmos sairão vencedores com as mudanças, enquanto aqueles que não conseguem defender seus próprios valores acabarão por perder.