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Vitamina D: quando ela não deve ser consumida?

Embora tenha muitos benefícios, algumas pessoas devem consumi-la com moderação

Agência O Globo - GLOBO 09/08/2024
Vitamina D: quando ela não deve ser consumida?
Foto: Câmara dos Deputados

A vitamina D é um nutriente que ajuda o corpo humano na absorção de outros minerais, como o cálcio, o que beneficia o organismo na proteção do sistema ósseo e na prevenção de doenças como a osteoporose. Ela também contribui para a função do sistema nervoso, do cérebro e do sistema imunológico, ajudando a combater infecções e vírus.

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Vale destacar que essa vitamina não está presente naturalmente no corpo, sendo necessário obtê-la através de alimentos como soja, leite de vaca, amêndoas, aveia e peixes como salmão, atum e truta.

A exposição ao sol, com as devidas precauções, também pode contribuir para a produção de vitamina D,embora existam suplementos com esse nutriente no mercado.

De acordo com a Faculdade de Medicina Rutgers, em Nova Jersey, nos Estados Unidos, pessoas com deficiência de vitamina D têm ossos fracos e se tornam mais propensas a fraturas e doenças ósseas. Portanto, elas devem consumir esses alimentos e considerar a suplementação.

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Apesar dos benefícios da vitamina D serem múltiplos,há condições em que seu consumo não é recomendado, segundo o Instituto de Saúde dos Estados Unidos e alguns estudos

Entre essas condições estão:

Embora os especialistas recomendem que algumas pessoas se suplementem para adquirir vitamina D devido à deficiência, é importante que, quem não precisa da suplementação, não a consuma, especialmente em forma de suplementos, na falsa crença de que isso proporcionará melhor saúde. Como menciona Roger Bouillon, endocrinologista da Universidade Católica de Lovaina, na Bélgica:

– É como a maioria das coisas. Você precisa de uma quantidade ótima: nem muito pouco, nem demais.

Existem pesquisas que indicam que a vitamina D pode ajudar o organismo a controlar os níveis de açúcar no sangue, mas alguns ensaios mostraram que pessoas com e sem diabetes que tomam suplementos de vitamina D não apresentam melhorias nos níveis de açúcar no sangue, na resistência à insulina ou nos níveis de hemoglobina A1c.

Por outro lado, estudos confirmam que o leite materno sozinho não fornece uma quantidade suficiente de vitamina D, embora seja um superalimento. Portanto, os lactantes devem receber suplementos diários de vitamina D ou alimentos que a contenham.

Concentrações elevadas de vitamina D podem causar problemas como insuficiência renal e arritmia. Assim, pessoas com essas condições não devem consumir suplementos com essa vitamina.

Também não é recomendado que pessoas com doença celíaca, doença de Crohn ou colite ulcerosa consumam suplementos de vitamina D. Esses indivíduos devem evitar tais suplementos, pois essas condições afetam a capacidade do intestino de absorver a vitamina D, assim como as gorduras, e problemas com essa absorção podem resultar em níveis inadequados de nutrientes.

Um trabalho com 2.600 adultos nos Estados Unidos sugeriu que indivíduos que receberam 2.000 UI de vitamina D tinham menos probabilidade de um câncer se tornar mais grave ou metastatizar. Descobriu-se que fornecer doses mais altas de vitamina D pode reduzir a propensão a desenvolver algumas doenças autoimunes, como lúpus, artrite e psoríase.

No entanto, são necessários mais estudos para determinar a quantidade adequada de vitamina D a ser consumida.