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Setor cultural cresceu 78%, entre 2012 e 2020, enquanto o Produto Interno Bruto aumentou apenas 55% do esperado.
A Fundação Itaú Cultural apresentou na tarde ontem (10), em São Paulo, os primeiros dados sobre o PIB da Economia da Cultura e Indústrias Criativas para cerca de 50 jornalistas vindo de várias regiões do País. Participaram da coletiva Eduardo Saron, presidente do IC e Leandro Valiati, do Observatório do IC.
De acordo com os dados apresentados, a riqueza que a cultura produziu entre 2012 e 2020 cresceram de forma mais acelerada do que o PIB, o Produto Interno Bruno do Brasil. Nesse período o setor cultural teve um crescimento de 78% enquanto o PIB do país aumentou 55% do esperado.
No 4° trimestre de 2022 o setor gerou 7,4 milhões de empregos formais e informais equivalente a 7% de trabalhadores da economia no Brasil. Esses dados apontam um crescimento de 4% em relação ao mesmo período de 2021 com cerca de 308 mil novos postos de trabalho.
Os dados são do Observatório Itaú Cultural, que lançou uma plataforma para medir a contribuição da cultura na economia brasileira. De acordo com o indicador, a participação da cultura no PIB brasileiro é maior do que a observada na África do Sul, com 2,9%, na Rússia, com 2,4%, e no México, com 2,9%.
Eduardo Saron destacou a importância do IGBE e do Ministério do Trabalho para chegar aos números apresentados. De acordo com o IC, as informações sobre 2021 e 2022 não estão totalmente atualizadas, porque números obtidos vão até 2020.
De acordo com o indicador, o segmento cultural movimentou R$ 230 milhões em 2020 e representou 3,1% do PIB, isto é, a soma das riquezas que o país produziu nesse período. A título de comparação, a indústria automotiva respondeu por 2,1% do PIB em 2020, um ponto percentual a menos em comparação com a cultura.
O total de empresas da economia criativa no Brasil é de 130.052, cerca de metade (48%) dessas empresas está localizada na região Sudeste, 27% na região Sul, 14% no Nordeste, 8% no Centro-oeste e 2% no Norte.
Em Alagoas!
Com dados de 2020 e 2021, a contribuição da Ecic para o PIB é de 0,33%. O total de empresas da economia criativa é de 731. As categorias setoriais que compõem mais de 75% da quantidade de empresas criativas são Publicidade e Serviços Empresariais (26% do total), Moda (24%), Demais Serviços de Tecnologia da Informação (12%), Cinema, Rádio e TV (8%) e Desenvolvimento de Software e Jogos Digitais (7%). As empresas criativas em Alagoas geraram em 2020 mais de R$ 560 milhões em receita e cerca de R$ 130 milhões em lucros. Os dados apresentados indicaram fatores positivos na economia local.
No quarto trimestre do ano passado o número de pessoas ocupadas na economia da cultura e das indústrias criativas foram de 43.639 cerca de 3% do total de trabalhadores do estado.
Dos trabalhadores, 54% são do sexo masculino. A remuneração média para esses trabalhadores é de R$ 2.495, rendimento superior ao da média estadual de R$ 1.848. Dados sobre Leis de fomento como a Aldir Blanc e Paulo Gustavo serão inseridas no mais à frente quando forem publicados os resultados do recurso investido no setor cultural. Os dados apresentados poderão ser encontrados no portal do Itaú Cultural.
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