Poço de R$20 mil foi licitado por R$135 mil em Palmeira

A denúncia publicada no impresso desta TRIBUNA DO SERTÃO na última segunda-feira (21) e reproduzida aqui neste PORTAL em relação a aquisição pela prefeitura de Palmeira dos Índios de poços artesianos com valores acima do mercado seis vezes maior, já surtiu efeito.

O escândalo que correu as redes sociais e repercutiu com veemência na seara política em todo o Estado revelou a prática de sobrepreço na prefeitura palmeirense.

Nos grupos de whatsaap internautas já diziam que o imperador queria virar sheik, já que o preço do poço artesiano se assemelhava a poço de petróleo.

Acuado, o prefeito-imperador Júlio César (MDB) publicou na imprensa ‘chapa branca‘ que determinou ao setor responsável pela licitação e elaboração de contratos “a imediata correção no preço unitário de poços artesianos, que estão em execução no município pelas secretarias municipais de Agricultura e Defesa Civil“.

Segundo o prefeito-imperador disse à imprensa ‘chapa-branca’, os valores estavam fora dos parâmetros praticados e já determinou a correção.

Ocorre que uma licitação de 15 poços artesianos que no máximo chegaria ao custo de trezentos mil reais (se tivesse profundidade máxima) ser realizada com preço final de dois milhões de Reais  e o “setor responsável” não perceber a discrepância de valor é no mínimo querer chamar o cidadão palmeirense de tolo.

A diferença por preço unitário do poço artesiano de R$20 mil para R$135 mil é impossível passar despercebido, até por qualquer leigo.

Na imprensa ‘chapa-branca’, o prefeito-imperador faz um mea-culpa  afirmando que a sociedade será sempre o fiscal mais eficiente.

“Ninguém melhor do que o cidadão para monitorar as ações da administração. Uma coisa ou outra poderá passar por mim, mas não passará despercebido pelo olhar detalhista da sociedade, agradeço por isso e já foi resolvido”, finaliza o prefeito-imperador.

A TRIBUNA DO SERTÃO reafirma seu compromisso de 26 anos de independência e o dever de bem informar ao alagoano, especialmente de Palmeira dos Índios. Este jornal é feito por homens de luta e luta pelos que não podem lutar.

Quanto ao agradecimento do prefeito-imperador ao “controle social”, só temos a dizer: “Por nada!”