Segundo dados do último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, cerca de 24% da população brasileira possui algum tipo de deficiência, sendo que no território alagoense o total chega a 27%. Para auxiliar os cidadãos cegos a terem autonomia para transitar em locais públicos e privados, os estudantes da Escola SESI Industrial Abelardo Lopes, de Maceió (AL), criaram o projeto “Placas em Braille Sustentáveis”. A iniciativa foi premiada na 6ª edição do Desafio Criativos da Escola, do Instituto Alana.

Após realizarem pesquisas, o grupo de alunos percebeu a dificuldade enfrentada por estudantes com deficiência visual ao transitarem pelos meios urbanos e decidiu criar um projeto para ajudá-los. Para isso, eles tiveram a ideia de unir a sustentabilidade e a inovação, criando placas sustentáveis em Braille, que tivessem um baixo custo e pudessem amenizar os transtornos enfrentados por essas pessoas diariamente.

As placas foram confeccionadas em materiais recicláveis, como tecidos PVC (Policloreto de Vinila) e PP (Polipropileno) de capas plásticas escolares, para fazer a escrita em Braille. O processo foi realizado no laboratório de ciências e o valor total gasto foi cerca de apenas R﹩ 15,00. Com as placas prontas, o grupo implantou na Escola Estadual de Cegos Cyro Acyoli, também em Maceió. Com o intuito de aprender mais sobre o tema e ampliar o projeto, os estudantes buscarão parcerias com empresas especializadas em reciclagem.

O Instituto Alana é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que aposta em programas que buscam a garantia de condições para a vivência plena da infância. Criado em 1994, é mantido pelos rendimentos de um fundo patrimonial desde 2013. Tem como missão “honrar a criança”.