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Juros caem com confirmação de alta de Bolsonaro, varejo fraco e exterior
Os juros futuros operam em baixa, após os fracos dados de vendas no varejo do País em dezembro e refletindo a expectativa de alta médica do presidente Jair Bolsonaro e, com isso, a definição da reforma da Previdência. Na manhã desta quarta-feira, 13, o Palácio do Planalto confirmou a previsão de alta hospitalar de Bolsonaro para esta data.
A curva de juros também se beneficia do tom positivo no exterior diante da esperança de avanço nas negociações comerciais entre China e Estados Unidos, além da possibilidade de que uma nova paralisação parcial do governo americano será evitada.
Os dados de varejo divulgados nesta quarta estão sendo avaliados nas mesas de operação, mas indicam uma economia ainda fraca, que sugere a manutenção do juro Selic no país por período prolongado. As vendas do comércio varejista caíram 2,2% em dezembro ante novembro, na série com ajuste sazonal, e ficaram abaixo do piso do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 1,7% a avanço de 1,2%, com mediana negativa de 0,1%.
Na comparação com dezembro de 2017, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 0,6% em dezembro de 2018. O resultado também ficou aquém das expectativas, que iam de uma alta de 1,5% a 6,8%, com mediana positiva de 3,8%, nesse confronto. As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 2,3% no ano de 2018, perto do piso das previsões (alta de 2,1% a 3,0%, com mediana positiva de 2,6%).
A previsão de liberação de Bolsonaro do hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde está internado desde o último dia 27, já ajudou no fechamento da curva de juros na terça. Porém, na sessão estendida as taxas reduziram o movimento com a notícia extraoficial de que o presidente teria definido idade mínima da proposta em 62 anos para homens e 57 para mulheres.
Às 9h34, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2021 caía a 7,13%, de 7,16% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2023 recuava a 8,23%, de 8,25% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2025 cedia a 8,74%, de 8,76% no ajuste da véspera.
Autor: Silvana Rocha
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