Reunião do Conseg decidiu por criação para
avaliar necessidade de segurança particular
(Foto: Carolina Sanches/G1)

    O Conselho Estadual de Segurança (Conseg) decidiu, durante reunião realizada nesta segunda-feira (26), formar uma comissão para que sejam avaliados todos os processos relativos à segurança individual em Alagoas. Os integrantes que vão compor esta comissão serão escolhidos pelo Conselho posteriormente.
A comissão para avaliar os processos será formada por um coronel da Polícia Militar, um dos bombeiros e um delegado de polícia judiciária. Eles vão ter um prazo de 30 dias, a partir do momento que receberem os processos, para verificar a necessidade de cada caso. “Isso tem o objetivo de saber se há a necessidade de reforçar, diminuir ou até retirar a segurança individual”, informou Maurício Breda.
O conselheiro não quis detalhar os casos para manter em sigilo a identidade das pessoas que têm segurança particular no estado. Apenas os casos do ex-governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), que tem segurança resguardada por lei, não serão avaliados. “Não queremos deixar que ninguém que esteja ameaçado fique com risco. Mas os casos que não precisam, devem ser revistos”, informou o conselheiro.

Outras medidas

A reunião desta manhã também sugeriu alterações nas delegacias de polícia. De acordo com os conselheiros, uma recomendação será enviada ao delegado geral Paulo Cerqueira para que todos os agentes que trabalham à noite em delegacias sejam substituídos por seguranças particulares.
O objetivo desta medida, segundo o presidente do Conseg, Maurício Breda, é que o agente de polícia volte a exercer o trabalho para o qual foi contratado e não fique apenas custodiando presos nas delegacias. Os seguranças particulares seriam pagos com verba do Fundo de Segurança Pública e levaria de volta à função cerca de 50 agentes.
O Consg informou que também deve encaminhar uma tratativa para o sistema prisional. O motivo é que seja elaborado um projeto para que sejam feitos reparos em todas as celas danificadas, também com o fundo de segurança pública.
A precariedade do sistema prisional em Alagoas foi denunciada por agentes penitenciários, que gravaram um vídeo mostrando a situação das celas no Presídio Cyridião Durval e Silva.