Finanças
Governo Lula prevê contratação de 1 milhão de novas moradias do Minha Casa, Minha Vida em 2024
Entrega das obras depende de fatores diversos e pode não ocorrer já em 2026
Em ano eleitoral, o governo Lula planeja contratar 1 milhão de unidades do programa Minha Casa, Minha Vida, uma das principais vitrines do presidente, com a meta de alcançar três milhões de unidades até o final de 2026.
Para atingir esse objetivo, o Ministério das Cidades trabalha para elevar de 60 mil para 80 mil as contratações mensais ao longo do próximo ano.
A entrega das obras, contudo, depende de uma série de fatores e não necessariamente ocorrerá já em 2026.
Até meados de 2026, Lula deve entregar em eventos solenes 40 mil novas unidades das 172 mil atualmente em construção na Faixa 1 — destinada a famílias sem condições de assumir financiamento. No total, há R$ 22,5 bilhões reservados para essa faixa, incluindo os R$ 5,5 bilhões previstos no Orçamento da União para 2026.
— As pessoas podem fazer contratações porque não vai haver falta de recursos. Queremos dar essa segurança ao mercado — afirmou o ministro das Cidades, Jader Filho, a jornalistas nesta segunda-feira, ao apresentar o "Mapa do Caminho" com as ações da pasta para 2026.
O ministro deixará o comando da pasta em março para disputar uma vaga de deputado federal. Oriundo do setor privado, ele afirma que "tomou gosto pela política" e estará ao lado do presidente Lula na campanha pela reeleição.
A meta de contratações para 2026 inclui também unidades voltadas à classe média, agora incorporada ao Minha Casa, Minha Vida. O plano do ministério é aumentar de seis mil para 10 mil as contratações mensais nessa faixa de renda, encerrando 2026 com 120 mil unidades.
O programa contará com R$ 144 bilhões do FGTS para o próximo ano.
Tarifa zero
O ministro disse aguardar um estudo do Ministério da Fazenda sobre a proposta defendida por Lula de tarifa zero no transporte público.
Ele destacou que o país precisará repensar o atual modelo para evitar sobrecarga aos usuários e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade do serviço, atraindo mais passageiros e gerando receitas.
— Assim que o Ministério da Fazenda apresentar os estudos, a pedido de Lula, nós vamos correr para contribuir com uma proposta — afirmou o ministro.
Ele explicou que o problema é complexo e exige uma solução compartilhada entre governo federal, estados e prefeituras.
— O Brasil não pode adiar essa discussão, diante do sucateamento da frota — ressaltou.
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