O número de milionários nos Estados Unidos segue em alta, mas a maior parte dessa riqueza não está disponível em dinheiro na conta bancária. O destaque vai para os planos 401(k), que nunca foram tão populares e bem-sucedidos quanto agora.

Comparado ao FGTS brasileiro, o 401(k) funciona de forma distinta: trata-se de um plano de investimento conjunto entre empregado e empregador, no qual parte do salário é descontada diretamente na fonte, antes dos impostos, e aplicada em entidades privadas como a corretora Fidelity. Esses recursos são investidos em ações, títulos e fundos mútuos.

Segundo dados da Fidelity, o número de milionários administrados pela corretora chegou a 654 mil pessoas com saldos acima de um milhão de dólares. Outras empresas do setor, como Alight e T. Rowe Price, também registraram crescimento no número de clientes com contas milionárias.

Em comunicado, Sharon Brovelli, presidente de Investimentos no Local de Trabalho da Fidelity, afirmou que os americanos estão mais confiantes, mantendo seus investimentos mesmo em períodos de instabilidade: “O foco em planos de aposentadoria a longo prazo contribuiu para a recuperação dos saldos neste trimestre, demonstrando a importância de manter a calma diante das flutuações do mercado.”

No entanto, como destacou o Wall Street Journal, esses “milionários modestos” estão longe do estilo de vida luxuoso normalmente associado ao termo. O economista Paul Donovan explicou ao jornal que muitos desses novos milionários mantêm hábitos de consumo típicos da classe média, apesar dos altos saldos em suas contas. Além disso, 86% dos que possuem mais de um milhão de dólares têm mais de 50 anos de idade.

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