Finanças
Brasil é ultrapassado pela Rússia e deixa grupo das dez maiores economias do mundo
Apesar da desaceleração do crescimento econômico no terceiro trimestre, taxa de câmbio é responsável por perda de posição no ranking do PIB em dólares, segundo o FMI.
A valorização de moedas estrangeiras frente ao dólar fará com que o Brasil deixe, em 2025, o grupo das dez maiores economias do mundo, considerando o Produto Interno Bruto (PIB) em dólares.
De acordo com projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), mencionadas em relatório da agência de classificação de risco Austin Rating, a economia brasileira deve encerrar o ano como a 11ª maior do planeta, sendo superada pela Rússia.
Embora o Brasil tenha apresentado crescimento econômico, a perda de posição já era prevista antes mesmo da divulgação dos dados do terceiro trimestre deste ano.
Em outubro, o FMI chegou a revisar para cima a projeção de crescimento do Brasil para 2025. Entretanto, o ranking leva em conta tanto o desempenho do PIB quanto as variações cambiais em relação ao dólar.
O relatório destaca que a valorização do rublo, moeda russa, foi determinante para a mudança: “Houve forte valorização da moeda da Rússia (o rublo) de mais de 39% neste ano de 2025”, aponta a Austin Rating.
Com esse cenário, o PIB da Rússia, em dólares, ultrapassará não apenas o Brasil, mas também o Canadá, que ocupava a nona posição em 2024.
Nas projeções de longo prazo do FMI, o Brasil não deverá ultrapassar novamente nem a Rússia nem o Canadá até 2030, permanecendo na 11ª colocação ao longo da década.
O relatório da Austin Rating ressalta ainda que não houve piora significativa nas economias de Brasil, Canadá e Itália no período analisado. O Brasil, inclusive, registrou valorização do real e melhora nas expectativas de crescimento, diminuindo a distância em relação ao Canadá e à Itália, cujas projeções permaneceram estáveis.
A valorização do rublo, segundo o relatório, é resultado do “controle de capitais instituído pelo país após sanções econômicas” impostas por Estados Unidos e países europeus desde a invasão da Ucrânia, em 2022.
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