Finanças

Brasil registra superávit de US$ 5,8 bilhões na balança comercial em novembro, mas exportações para os EUA caem

Soja lidera as exportações brasileiras no mês, com crescimento expressivo nas vendas para a China

Agência O Globo - 04/12/2025
Brasil registra superávit de US$ 5,8 bilhões na balança comercial em novembro, mas exportações para os EUA caem
Brasil registra superávit de US$ 5,8 bilhões na balança comercial em novembro, mas exportações para os EUA caem

O Brasil encerrou novembro de 2025 com superávit de US$ 5,842 bilhões na balança comercial, resultado impulsionado pelo avanço das exportações de soja e carne bovina. Apesar do bom desempenho geral, as vendas para os Estados Unidos tiveram queda expressiva de 28% na comparação com novembro do ano passado, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior.

As exportações brasileiras totalizaram US$ 28,5 bilhões, um aumento de 2,4% em relação ao mesmo período de 2024. O principal destaque foi a soja, cujas vendas cresceram mais de 60% e lideraram o ranking de exportação, seguidas pela carne bovina e por produtos industriais, como aeronaves e itens de aço. O crescimento foi impulsionado, sobretudo, pela China, que ampliou em 41% suas compras de produtos brasileiros, especialmente soja, petróleo e proteína animal.

Principais destaques de exportação em novembro:

Soja

Carne bovina

Petróleo bruto (com variações regionais)

Aeronaves e componentes

Produtos siderúrgicos

No campo das importações, o Brasil gastou US$ 22,6 bilhões, alta de 7,4% na comparação anual. As compras se concentraram em combustíveis, máquinas e motores, equipamentos de informática, medicamentos e outros insumos industriais, principais responsáveis pelo aumento das importações.

Produtos mais importados em novembro:

Combustíveis e derivados

Máquinas e motores industriais

Computadores e equipamentos eletrônicos

Medicamentos e insumos hospitalares

A relação comercial com os Estados Unidos, contudo, seguiu em sentido oposto. As exportações brasileiras para o mercado americano recuaram 28%, o que representa uma diminuição de US$ 1 bilhão, motivada pela menor demanda por petróleo bruto, café, suco de laranja, açúcar e madeira. No acumulado do ano, a retração chega a 6,7%.

Enquanto isso, as importações vindas dos EUA cresceram 24,5%, puxadas por combustíveis, máquinas industriais, computadores e medicamentos — itens de maior valor agregado que elevaram os gastos brasileiros na relação bilateral.

Graças ao aumento das vendas para a China e ao bom desempenho do agronegócio, o país conseguiu compensar a queda no comércio com os Estados Unidos e fechar novembro com saldo positivo. No acumulado do ano, o superávit chega a US$ 57,8 bilhões.