Finanças
Reajuste do salário mínimo em 2026 deve ser menor que o previsto; veja o que muda
Nova estimativa está atrelada à inflação, que deve fechar o ano abaixo das projeções iniciais
O reajuste do salário mínimo para 2026 deve ser menor do que o inicialmente previsto. O governo federal revisou a projeção do valor para o próximo ano, reduzindo de R$ 1.631 para R$ 1.627. Essa alteração está diretamente relacionada ao comportamento da inflação — um dos principais componentes da fórmula de correção do piso salarial —, que deve encerrar 2025 abaixo das expectativas anteriores.
A nova estimativa foi apresentada em documentos enviados ao Congresso Nacional pelo Ministério do Planejamento, como subsídio para a análise da proposta de Orçamento do próximo ano.
A prévia da inflação, medida pelo IPCA-15, registrou alta de 0,20% em novembro, após avanço de 0,18% em outubro. No acumulado de 12 meses, o índice atingiu 4,5% pela primeira vez desde janeiro, dentro da meta de 3,0%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
No entanto, para o cálculo do salário mínimo, o índice considerado é o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), cuja divulgação está prevista para o próximo dia 10. Só após esse dado o valor final do piso será definido.
Se confirmada a projeção, o reajuste do salário mínimo em 2026 deverá ser de aproximadamente 7,2% em relação ao valor atual, de R$ 1.518.
Regra de reajuste
De acordo com a regra vigente, o salário mínimo é corrigido pelo INPC acumulado em 12 meses até novembro do ano anterior (neste caso, 2025). Além disso, há um aumento real baseado no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes (2024), limitado à taxa de atualização prevista para o teto de gastos do novo arcabouço fiscal, que não pode ultrapassar 2,5%.
Impacto no Orçamento
O salário mínimo serve de referência para pagamentos como aposentadorias, pensões e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Por isso, seu valor precisa constar nas propostas orçamentárias enviadas ao Congresso.
Apesar do envio das novas projeções econômicas, o Ministério do Planejamento não solicitou redução imediata nesses gastos. Conforme a pasta, eventuais cortes dependerão da decisão dos parlamentares.
"De todo modo, e mantidas as demais condições, a projeção menor tende a reduzir os gastos com aposentadorias, pensões e outros benefícios. No entanto, a atualização depende de fatores como a variação da base de beneficiários, cabendo ao Congresso avaliar a conveniência e a oportunidade de alterar as estimativas de despesas previdenciárias e sociais durante a tramitação do PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual)", informou o Ministério ao G1.
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