Finanças
Arrecadação federal atinge R$ 261,9 bilhões em outubro, maior valor para o mês em 25 anos
Receita federal registra crescimento real de 0,92% em outubro, com melhor desempenho para o período desde o ano 2000
A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 261,9 bilhões em outubro, de acordo com dados divulgados pela Receita Federal nesta segunda-feira (20). O valor representa um aumento real de 0,92% em relação ao mesmo mês de 2023, já descontada a inflação, e é o melhor resultado para um mês de outubro desde o ano 2000.
No acumulado de janeiro a outubro, a arrecadação federal alcançou R$ 2,36 trilhões, também o melhor desempenho para esse período nos últimos 25 anos.
O crescimento da arrecadação em outubro foi impulsionado principalmente por três fatores:
1. Imposto sobre investimentos: Houve aumento de 28% na arrecadação em relação a outubro do ano passado, reflexo dos maiores ganhos de pessoas físicas e jurídicas em aplicações de renda fixa, fundos e juros sobre capital próprio.
2. IOF (Imposto sobre Operações Financeiras): O tributo, que incide sobre crédito e câmbio, registrou alta de 38,8%, resultado de uma mudança na legislação em junho que elevou a cobrança em algumas operações.
3. IRPJ e CSLL: O Imposto de Renda Pessoa Jurídica e a Contribuição Social sobre Lucro Líquido somaram R$ 63,3 bilhões, alta de 5,54%, com destaque para empresas que declaram pelo lucro presumido e ajustes na declaração anual.
Trabalho e salários também contribuíram
O imposto retido na fonte sobre salários cresceu 6,8%, impulsionado pelo aumento da massa salarial e pela criação de 1,7 milhão de empregos formais até setembro.
A arrecadação da Previdência Social subiu 2,9%, influenciada pela reoneração gradual da folha de pagamento de empresas e municípios.
Impostos sobre importações recuaram
A receita com impostos sobre produtos importados caiu 6,43%, reflexo da redução do valor importado em dólar e da valorização do real.
Efeitos extraordinários impactaram a comparação
Segundo a Receita Federal, em 2024 foram registradas arrecadações excepcionais, como tributos sobre fundos exclusivos, que não se repetiram este ano. Excluindo esses fatores, o crescimento real da arrecadação acumulada no ano seria de 4,84%, acima dos 4,17% registrados oficialmente.
Mais lidas
-
1CRISE INTERNACIONAL
UE congela ativos russos e ameaça estabilidade financeira global, alerta analista
-
2ECONOMIA GLOBAL
Temor dos EUA: moeda do BRICS deverá ter diferencial frente ao dólar
-
3REALITY SHOW
'Ilhados com a Sogra 3': Fernanda Souza detalha novidades e desafios da nova temporada
-
4DIREITOS DOS APOSENTADOS
Avança proposta para evitar superendividamento de aposentados
-
5TENSÃO INTERNACIONAL
Confisco de ativos russos pode acelerar declínio da União Europeia, alerta jornalista britânico