O patrimônio líquido de Donald Trump sofreu uma redução de US$ 1,1 bilhão (R$ 5,94 bilhões, pela cotação atual) desde setembro, após as ações da Trump Media & Technology Group (TMTG), empresa da família voltada para mídia social e criptoativos, atingirem nesta semana o menor valor desde a estreia no mercado, conforme levantamento da Forbes.

Segundo estimativas recentes, a fortuna de Trump caiu de US$ 7,3 bilhões (R$ 39 bilhões), em setembro, para US$ 6,2 bilhões (R$ 33,5 bilhões). O recuo acompanha a desvalorização do papel DJT, que fechou a sexta-feira cotado a US$ 10,18 (R$ 55), próximo do piso histórico, em meio a uma forte queda do bitcoin e de outros tokens digitais.

Em setembro, a valorização das empresas ligadas ao ex-presidente havia impulsionado seu patrimônio em US$ 3 bilhões (R$ 16,2 bilhões) ao longo de um ano, levando Trump ao 201º lugar na lista Forbes 400 — um salto de 118 posições em relação ao ranking anterior. O avanço foi motivado, principalmente, pelos investimentos da família em criptoativos, incluindo a criação da plataforma World Liberty Financial, lançada em 2024 com aporte de US$ 75 milhões (R$ 405 milhões) do empresário Justin Sun.

Trump e seus filhos são cofundadores da World Liberty Financial, que lançou 100 bilhões de tokens $WLFI (R$ 85 bilhões), dos quais 22,5 bilhões (R$ 19 bilhões) foram destinados a uma empresa ligada ao ex-presidente. O ativo perdeu valor desde a estreia, e os tokens dos fundadores permanecem bloqueados.

A TMTG, cujas ações chegaram a US$ 43,31 (R$ 234) em janeiro, registrou prejuízo de US$ 54,8 milhões (R$ 296 milhões) no terceiro trimestre, impactada pela queda das reservas em bitcoin. Embora Trump declare ter se afastado dos negócios, documentos oficiais indicam que ele segue como beneficiário e mantém controle sobre a estrutura que administra suas participações, incluindo quase 115 milhões de ações da DJT.

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