Finanças
Brasil registra 29,8 milhões de empregadores e autônomos, revela IBGE
Número de empreendedores com CNPJ atinge dez milhões, o segundo maior patamar da série histórica
O número de empregadores e trabalhadores por conta própria no Brasil cresceu 1,8% em 2024, alcançando 29,8 milhões de pessoas e revertendo a queda observada entre 2022 e 2023. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE.
Desse total, mais de um terço (33,6%) — ou seja, mais de dez milhões de pessoas — possuíam registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Esse percentual representa um avanço em relação ao ano anterior (33%) e a 2012 (24%), configurando o segundo maior índice da série histórica, atrás apenas de 2022, quando a formalização chegou a 34,1%.
Setores
Os setores de comércio e serviços concentravam a maior parcela desses profissionais, com participações de 21,5% e 44,5%, respectivamente. Nessas áreas, o registro no CNPJ era mais frequente: 47,2% no comércio e 38,2% nos serviços. Apesar de reunir apenas 8,4% do total, a indústria apresentava a terceira maior taxa de formalização, com 32,4%.
O grupo de trabalhadores por conta própria somava 25,5 milhões de pessoas, número significativamente superior ao de empregadores, que totalizavam 4,3 milhões. A formalização também variava: apenas 25,7% dos autônomos tinham CNPJ (6,6 milhões), enquanto entre empregadores essa taxa atingia 80% (3,5 milhões). Em 2024, a formalização recuou levemente entre empregadores, mas avançou entre trabalhadores por conta própria, diminuindo a diferença entre os dois grupos.
Escolaridade
A escolaridade segue como fator relevante para o registro. Entre trabalhadores por conta própria, 28,7% apresentavam baixa instrução — índice que caía para 15% entre os que possuíam CNPJ. A formalização aumentava conforme o nível de escolaridade, chegando a 48,4% entre aqueles com ensino superior completo.
Entre empregadores, a tendência era semelhante. Mesmo entre os menos escolarizados, a formalização era relativamente alta: 51,9%, superando a taxa observada entre autônomos com diploma superior.
Em 2024, o crescimento da formalização entre trabalhadores por conta própria foi mais expressivo entre aqueles com ensino fundamental completo e médio incompleto, além dos que possuíam ensino médio completo e superior incompleto. Entre empregadores, o aumento ocorreu apenas nesse último grupo; nos demais, a taxa de registro apresentou recuo.
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