O mercado de trabalho brasileiro permaneceu aquecido em 2024, ano em que a população ocupada alcançou o maior patamar já registrado na série histórica, totalizando 101,3 milhões de pessoas. Apesar desse crescimento, alguns setores vêm perdendo participação na força de trabalho, como a agricultura e pecuária, que representavam 11,4% do total de ocupados em 2012 e recuaram para 7,7% no ano passado. Em 2023, esse percentual era de 8,2%.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE.

Outro setor que apresentou queda foi o da indústria, que passou de 14,5% em 2012 para 12,9% em 2024. Apesar da redução ao longo dos anos, o índice industrial se mantém estável desde 2022.

Por outro lado, os segmentos de administração pública e informação e comunicação vêm crescendo desde 2012, ainda que tenham apresentado estabilidade entre 2023 e 2024.

O comércio segue como o maior empregador do país: em 2024, respondeu por 19,2% das ocupações, uma leve alta em relação aos 18,9% registrados em 2023.

Empregados com carteira assinada seguem como maioria

No recorte por categoria de ocupação principal, os empregados com carteira assinada no setor privado continuam sendo maioria, com percentual estável desde 2023 (37,4%). Já os empregados sem carteira aumentaram de 13,3% para 13,7%.

A segunda maior categoria é a dos trabalhadores por conta própria, que caiu de 25,4% em 2023 para 25,2% em 2024. Em contrapartida, o percentual de empregados no setor público subiu de 12,1% para 12,3% no mesmo período.