Finanças
Fundo Garantidor de Créditos alerta para golpes envolvendo ressarcimento de clientes com CDB do Banco Master
Propostas de antecipação de crédito circulam nas redes sociais, mas FGC reforça que não autoriza intermediação. Cerca de R$ 41 bilhões em investimentos estão cobertos pela garantia.
O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) emitiu um alerta sobre golpes envolvendo a intermediação para ressarcimento de clientes que possuem Certificados de Depósito Bancário (CDBs) do Banco Master. Segundo o FGC, já circulam nas redes sociais ofertas de supostos intermediários que prometem antecipar o recebimento de valores garantidos, prática que não é autorizada pela entidade.
O Banco Master teve sua liquidação decretada na manhã desta segunda-feira (10) pelo Banco Central, o que gerou preocupação entre investidores sobre a recuperação dos valores aplicados. O principal atrativo desses papéis é justamente a garantia do FGC. O fundo orienta que os clientes não contratem serviços de terceiros, não paguem taxas indevidas e fiquem atentos para não cair em golpes.
O FGC é uma entidade privada formada pelos bancos brasileiros e tem como objetivo proteger os clientes em caso de quebra de instituições financeiras. O ressarcimento cobre aplicações como CDBs, até o limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, e pode levar até 30 dias para ser liberado.
O pedido de ressarcimento deve ser feito diretamente ao FGC, sem necessidade de intermediários. Apesar disso, já há anúncios de pessoas e empresas oferecendo intermediação para resgatar recursos aplicados no Master.
Com a liquidação do banco, os recursos estão bloqueados e não podem ser negociados pelas corretoras onde foram comprados. Nenhum intermediário está autorizado a movimentar ou resgatar os valores em nome dos clientes neste momento. É necessário aguardar o processo conduzido pelo FGC para o pagamento dos recursos garantidos.
A direção do FGC identificou mensagens nas redes sociais em que uma instituição sem identificação, com página na internet, oferece pagamento adiantado a investidores que possuem CDBs do Banco Master. Essas mensagens, em tom alarmista, sugerem que é possível vender os direitos creditórios para receber o valor investido imediatamente, alegando que o “capital pode ficar preso por meses no FGC”.
No portal citado nessas mensagens, não há identificação dos responsáveis, registro de pessoa jurídica ou vínculo com associações representativas. O site ainda solicita dados sensíveis dos clientes, como valor investido, corretora utilizada e contatos pessoais, como e-mail e telefone.
A recomendação do FGC é clara: clientes do Banco Master não devem compartilhar informações pessoais em portais externos ao fundo, nem confiar em intermediários que prometam acesso facilitado aos recursos garantidos.
Mais lidas
-
1CRISE INTERNACIONAL
UE congela ativos russos e ameaça estabilidade financeira global, alerta analista
-
2ECONOMIA GLOBAL
Temor dos EUA: moeda do BRICS deverá ter diferencial frente ao dólar
-
3REALITY SHOW
'Ilhados com a Sogra 3': Fernanda Souza detalha novidades e desafios da nova temporada
-
4DIREITOS DOS APOSENTADOS
Avança proposta para evitar superendividamento de aposentados
-
5TENSÃO INTERNACIONAL
Confisco de ativos russos pode acelerar declínio da União Europeia, alerta jornalista britânico