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Trump parabeniza Lula e elogia ‘vigor’: saiba qual é a diferença de idade entre os dois líderes

Durante um evento nos EUA, Donald Trump surpreendeu ao parabenizar Lula pelo aniversário e destacou sua vitalidade; entenda quantos anos separam os dois presidentes

Agência O Globo - 27/10/2025
Trump parabeniza Lula e elogia ‘vigor’: saiba qual é a diferença de idade entre os dois líderes

Durante encontro na Malásia, e Trump deram sinal verde para iniciar negociações sobre tarifas entre e EUA. O governo brasileiro quer começar as tratativas já na próxima semana, em , com uma comitiva formada por , e . Apesar de não garantir um acordo, Trump elogiou Lula, desejou feliz aniversário pelos 80 anos e comentou: “Ele é um cara muito vigoroso, muito impressionante.”

'Sei a hora de ceder e de não ceder':

Lula e Trump:

Questionado sobre as chances de um acordo, Trump não deu certeza, mas fez elogios a Lula e deu parabéns ao presidente brasileiro pelo seu aniversário de 80 anos, nesta segunda:

— Não sei se algo vai acontecer, vamos ver. Eles gostariam de fechar um acordo. Vamos ver, agora eles estão pagando, acho que 50% de tarifa. Mas tivemos uma ótima reunião. Quero desejar feliz aniversário ao presidente, ok? Hoje é o aniversário dele. Ele é um cara muito vigoroso, na verdade, e foi muito impressionante. Mas hoje é o aniversário dele, então feliz aniversário.

Qual é a idade de Trump?

O comentário de Trump sobre o “vigor” de Lula chamou atenção, considerando que ele tem 79 anos, apenas um a menos que o presidente brasileiro, que completa 80 nesta segunda-feira.

Como foi a reunião de Lula e Trump?

Numa reunião que durou cerca de uma hora na manhã desta segunda-feira na Malásia (noite de domingo no Brasil), negociadores brasileiros e americanos começaram a formatar como será o prosseguimento dos contatos, após o sinal verde dado no .

Quem esperava que os EUA concordassem com a demanda brasileira de cancelar de imediato o tarifaço contra o Brasil, ficou frustrado. Ainda assim, a reunião foi considerada positiva pelo governo.

Conforme disse o presidente Lula logo no início de sua conversa com Trump, o objetivo imediato do Brasil é que seja suspensa a aplicação de . Não é uma precondição do governo brasileiro para continuar a negociação, mas assessores do Planalto dizem que é um “gesto de boa vontade” esperado dos americanos, depois que .

Na reunião desta segunda participaram, do lado brasileiro, o chanceler Mauro Vieira, o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa; e Audo Faleiro, assessor internacional da Presidência, os mesmos que acompanharam Lula no encontro com Trump.

Pelo lado americano, o time teve um desfalque em relação à véspera: estiveram presentes Scott Bessent, secretário do Tesouro, e Jamieson Greer, representante do Comércio, mas Marco Rubio, o secretário de Estado, não apareceu.

Saiba:

Embora o Brasil tenha pressa, e Trump se manifeste otimista sobre um desfecho rápido, não ficou estabelecido um cronograma claro, já que os assessores do presidente americano estarão nos próximos dias acompanhando ele na reunião de cúpula da Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (APEC, na sigla em inglês), em Seul. Lá eles estarão envolvidos com um .

Além disso, o governo brasileiro estará ocupado com a contagem regressiva para a COP30 em Belém, que começa dia 10. Mas caso seja marcada, a negociação com os americanos será considerada prioridade, disse uma fonte do governo brasileiro.

A reunião desta segunda não tratou de pormenores, como setores específicos da economia atingidos pelo tarifaço e o que pode entrar na barganha. Mas o lado brasileiro deixou claro que espera, além da suspensão das tarifas, o cancelamento de sanções contra autoridades brasileiras, como a que atingiu o ministro do Supremo Tribunal Federal, .

Veja:

Para a delegação brasileira, o que pode ajudar a acelerar a chegada a um acordo, além da instrução dada pelos presidentes, é que os dois países já estavam em processo de negociação sobre a. Isso, no entendimento de um negociador, encurta o caminho para o acordo, pois já havia “opções mapeadas”.

Um sinal positivo de que os EUA podem ter realmente virado a chave e estão prontos para um acordo, como espera o governo brasileiro, foi a resposta amistosa dada por durante seu voo da Malásia ao Japão, nesta segunda.

Análise:

A primeira pergunta da imprensa que acompanha o presidente foi sobre o Brasil e o encontro com Lula, algo por si só incomum, já que as atenções da mídia americana estão voltadas principalmente para a China.