Finanças
‘Anúncio deplorável no pior momento’: jornais estrangeiros repercutem aval para pesquisar petróleo na Foz do Amazonas
Imprensa britânica diz que anúncio contrasta com as ambições do Brasil de liderar a transição energética, em meio aos preparativos para a COP30
Dois dias depois de anunciado o aval do Ibama para exploração da Bacia da Foz do Amazonas pela Petrobras, na região da Marquem Equatorial, a mídia estrangeira continua a repercutir o anúncio, ressaltando que a liberação para exploração de combustíveis fósseis no país contrasta com o discurso de que o Brasil quer ser líder global na defesa do meio ambiente e na transição energética.
O jornal francês Le Monde foi um dos mais críticos. Destacou em título que “a menos de um mês da COP30, o Brasil vai explorar petróleo no mar nas proximidades da Guiana”. A reportagem afirma que “não se poderia imaginar anúncio mais deplorável em um momento pior”. E acrescenta que se trata de uma notícia catastrófica em termos de imagem para o presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva”, que pretendia se apresentar na COP30 como um líder da causa ambiental.
Na França, a prospecção de petróleo foi proibida em 2017, o que inclui os territórios ultramarinos, como a Guina Francesa. Mas, no Suriname, onde também há a expectativa de reservas de petróleo expressivas na área contígua à Margem Equatorial brasileira, a francesa Total é uma das empresas a atuar na exploração do recurso natural.
O britânico Guardian afirmou logo após o anúncio da Petrobras, na segunda-feira, que a autorização para perfurar o primeiro poço na Bacia da Foz do Amazonas faria uma sombra sobre as ambições verdes brasileiras no momento em que o país se prepara para a COP30, em novembro.
"Luiz Inácio Lula da Silva tem sido criticado por ambientalistas que argumentam que seus planos de expansão do petróleo entram em conflito com sua imagem de líder global na luta contra as mudanças climáticas", diz o Guardian.
Ao noticiar o aval do Ibama, o site da britânica BBC lembrou que a Agência Internacional de Energia já afirmou que nenhum novo projeto de petróleo deve ser aprovado para que a meta de zerar as emissões de gases do efeito estufa seja alcançada até 2050.
Frisou ainda que muitos ambientalistas levantaram preocupações sobre os planos da Petrobras, incluindo o medo de que possíveis vazamentos de petróleo poderiam causar danos à biodiversidade da Amazônia, que abriga cerca de 10% das espécies conhecidas do mundo.
A licença concedia peço Ibama para a Petrobras é para perfuração do primeiro poço na Bacia da Foz do Amazonas, que fica a 175km da costa do Amapá. Não haverá produção de petróleo imediatamente. A intenção é justamente pesquisar a área para saber se há reservas do óleo.
O jornal francês Le Monde destacou em título que “a menos de um mês da COP30, o Brasil vai explorar petróleo no mar nas proximidades da Guiana”. A reportagem afirma que “não se poderia imaginar anúncio mais deplorável em um momento pior”. A reportagem acrescenta que se trata de uma notícia catastrófica em termos de imagem para o presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva”, que pretendia se apresentar na COP-30 como um líder da causa ambiental.
Na França, a prospecção de petróleo foi proibida em 2017, o que inclui os territórios ultramarinos, como a Guina Francesa. Mas, no Suriname, onde também há a expectativa de reservas de petróleo expressivas na área contígua à Margem Equatorial brasileira, a francesa Total é uma das empresas a atuar na exploração do recurso natural.
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