Pela primeira vez, os arqueólogos russos restauraram uma cronologia contínua de oito culturas arqueológicas que habitaram a costa sudeste do golfo da Finlândia por quatro mil anos – do IV milênio a.C. até o início de nossa era.

Desde 2019, o Instituto de História da Cultura Material da Academia de Ciências da Rússia (RAN, na sigla em russo) explora sítios arqueológicos entre o rio Luga e São Petersburgo, examinando 30 sítios e mais de 10.000 metros quadrados de camada cultural.

Isso permitiu pela primeira vez restaurar os laços culturais entre as regiões dos Estados Bálticos, Carélia e o interflúvio Volga-Oka.

"Como parte do estudo, foram identificados oito tipos de achados culturais e cronológicos, correlacionados com três períodos — do Neolítico ao início da Idade do Ferro. Isso se tornou a base para o estudo das inter-relações entre as antigas culturas do sudeste do golfo da Finlândia", ressaltou Andrei Gorodilov, assistente de pesquisa júnior do Instituto de História da Cultura Material da RAN.

Achados de cerâmica, incluindo um tipo único de Galik, confirmam o papel especial da costa sul do golfo da Finlândia na formação das culturas do Norte da Europa.

Conexões com as antiguidades da Península de Kola, Estônia, Finlândia e o interflúvio Volga-Oka também foram descobertas.

Os cientistas acreditam que novas escavações podem expandir seriamente a compreensão das rotas de migração, comércio e contatos das sociedades antigas.

O golfo da Finlândia, há muito considerado a periferia da história, de repente se tornou um importante centro de laços culturais no noroeste da Eurásia.

Por Sputinik Brasil