O zagueiro Walter Kannemann foi substituído ainda no primeiro tempo da partida entre Grêmio e Vasco, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro, neste domingo, por meio do protocolo de concussão. No entanto, o médico do tricolor retrocedeu no "diagnóstico" durante o intervalo e, consequentemente, abriu mão da substituição extra concedida pelo recurso, utilizando, então, uma das outras cinco disponíveis. A medida, porém, é proibida, como afirmou ao GLOBO o presidente da Comissão Médica e de Combate à Dopagem da CBF (CMCD), Dr. Jorge Pagura.

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— Existe o protocolo para se basear no momento. O cartão vermelho é vermelho e não pode ser removido. Você só pode usar o cartão uma vez. Estou esperando o relatório do médico do Grêmio para esclarecer a situação. Como nenhum utilizou a substituição extra, não houve prejuízo técnico — explicou ao GLOBO.

Ainda segundo ele, depois que o cartão vermelho — método usado para sinalizar acionamento do protocolo — é levantado pelo médico, não é possível ser acionado outra vez durante o jogo pelo especialista do time. Assim, caso houvesse qualquer outra situação de concussão com um atleta do Grêmio, o treinador Renato Gaúcho teria que utilizar uma de suas outras quatro substituições disponíveis ou ficar com um jogador a menos.

Como nenhum dos times usou a substituição extra, não houve nenhum prejuízo na partida. O médico do Grêmio, segundo o protocolo da CBF, deverá preencher um questionário detalhando os sintomas identificados e o tratamento feito com o jogador. Além disso, um relatório tem que ser enviado à Comissão Médica da CBF com a evolução do quadro do jogador, o protocolo de retorno aplicado e a data para a próxima partida.

Além do caso do argentino, o protocolo foi acionado em outras duas partidas da rodada. Uma cena semelhante ocorreu no Atlético-GO x Flamengo, quando Viña e Adriano Martins bateram a cabeça aos 26 minutos do segundo tempo. Os dois caíram no chão sangrando e tontos, sendo substituídos imediatamente. O lateral do rubro-negro carioca saiu para a entrada de Gerson. Já o zagueiro do Dragão deu lugar a Pedro Henrique.

O mesmo se repetiu em Cruzeiro x Botafogo, quando Marlon Freitas foi o substituído. O volante alvinegro saiu aos 22 minutos para a entrada de Tchê Tchê. Segundo o clube carioca, "por protocolo médico em casos de concussão, foi encaminhado ao hospital para exames. O mesmo encontra-se lúcido. O atleta será acompanhado de perto pelo departamento médico alvinegro".