Todos presentes no Santa María Golf Club, na Cidade do Panamá, esperavam que o mexicano Omar Morales concretizasse o título do Latin America Amateur Championship (LAAC) 2024, neste domingo, mas o que de fato aconteceu foi uma grande virada do outro golfista que representava o México. Santiago de La Fuente, que começou o dia na segunda colocação, superou o compatriota na reta final, fechou o torneio com -10 em relação ao par e se sagrou campeão.

O domingo começou com Omar Morales, que se manteve em primeiro durante os três dias anteriores, na liderança da competição, mas sua vantagem na ponta foi se diluindo ao passar das rodadas, muito por conta do desempenho do compatriota Santiago De la Fuente. Ao final do buraco 11, ambos os golfistas estavam empatados e a igualdade permaneceu até o penúltimo buraco, quando De la Fuente fez um birdie e assumiu o topo, de onde não saiu.

Com o título, Santiago De la Fuente terá a oportunidade de disputar o The Open (Reino Unido), o Masters e o U.S Open (ambos dos Estados Unidos). O mexicano Omar Morales, com -8, e o colombiano Mateo Fuenmayor, com -3 em relação ao par do campo nos quatro dias, fecharam o pódio. O caymanês Justin Hastings, com -2, ficou em quarto.

Com um desempenho sólido nos quatro dias, Andrey Xavier não conseguiu conquistar o título inédito para o Brasil, mas fechou sua participação no top5, empatado com o caymanês Andrew Jarvis e o colombiano Carlos Ardila. Apesar de não ter tido o resultado esperado, o gaúcho classificou o torneio como positivo e gostou do seu desempenho na competição de alto nível.

— Eu comecei bem mal (o quarto dia), terminei a primeira volta com +5. Mas eu mantive pensamentos positivos em todo momento e consegui fazer uma segunda volta boa, com três abaixo para terminar o torneio entre os cinco melhores. E estou muito contente com o meu torneio, eu achei o meu desempenho muito bom, mantive o foco em todo momento. O torneio para mim foi muito bom — avaliou Andrey Xavier.

Andrey foi o melhor brasileiro colocado no LAAC pela segunda vez na carreira — a primeira foi em 2020, quando terminou em 13º — e se sentiu lisonjeado em conseguir representar bem o seu país. Aos 22 anos, o golfista tem como meta para esse ano se profissionalizar no esporte, assim como fez Fred Biondi no ano passado.

— Para mim é sempre bom representar o Brasil e poder representar bem, para mim (ser o brasileiro melhor colocado no LAAC) é um orgulho tanto para o meu país, quanto para a minha terra natal, lá no Sant'Ana do Livramento (município do Rio Grande do Sul). É sempre bom estar em alto nível neste campeonato, que é o melhor torneio amador e para nós, sulamericanos, o melhor do ano — concluiu o brasileiro.

O outro brasileio que se classificou para as rodadas finais, Matheus Balestrin teve o seu melhor dia no LAAC e ficou empatado em relação ao par do campo. No entanto, esse desempenho não foi o suficiente para ele terminar entre os 10 melhores do torneio. Balestrin ficou na 12ª colocação, com +7 no total.

*O repórter viaja a convite do LAAC.