Esportes
Vídeo aponta que ex-jogador do Boca Juniors esteve na casa da ex-namorada um dia antes de sua morte
Imagens mostram a caminhonete supostamente dirigida pelo ex-jogador do Boca Juniors, que estava sob uma ordem de restrição relacionada à ex-parceira

Após a notícia da morte de Anabelia Ayala, ex-namorada do ex-jogador do Boca e do Lanús, Oscar Junior Benítez - contra quem a jovem havia feito uma denúncia por violência de gênero e que estava sob uma ordem de restrição -, a família da garota divulgou um vídeo que complicaria a situação do jogador.
Nas imagens, obtidas das câmeras de segurança instaladas em frente à casa da moça, localizada na cidade de Malvinas Argentinas, pertencente ao distrito de Almirante Brown, uma caminhonete supostamente dirigida pelo atleta é vista. O registro é do dia 30 de dezembro, por volta das 16h, indicando que ele possivelmente quebrou a restrição judicial em vigor. O corpo de Anabelia, de 29 anos, foi encontrado na manhã de 1º de janeiro em seu quarto.
O advogado da família, Rodrigo Tripolone, informou ao LA NACION que o próximo passo será solicitar um relatório à companhia telefônica de Benítez para que ela "forneça as células que captaram o sinal do telefone dele" e seja possível estabelecer com precisão "o dia e horário aproximado em que ele quebrou a restrição". Além disso, ele esclareceu que na quinta-feira o sumário do caso e o tablet que Anabelia costumava usar foram entregues à Unidade Funcional de Instrução (UFI) 3 de Almirante Brown, que está conduzindo a investigação com Juan Manuel Baloira encarregado.
A prima da vítima havia relatado que foi devido ao assédio que ela sofreu por parte do jogador que a moça tirou a própria vida.
Segundo o relato do pai de Anabelia, Juan Carlos Ayala - consignado em uma apresentação ao Tribunal Correcional Nº 8 do Departamento Judicial de Lomas de Zamora - Benítez foi à casa de sua filha e depois ambos saíram juntos no veículo em que o jogador havia chegado.
Mais tarde, de acordo com o depoimento do homem, a moça retornou "evidentemente abalada e trancou-se em seu quarto, sendo posteriormente encontrada sem vida por enforcamento, dando início às devidas investigações rotuladas como suicídio", com a intervenção da UFI N°3 de Almirante Brown.
Junior Benítez está sendo acusado do crime de "coação agravada pelo uso de arma de fogo em concurso real, com danos, ameaças e desobediência". Em junho do ano passado, o promotor José Luis Juárez, da UFI N°12 de Lomas de Zamora, "atenuou a prisão preventiva do acusado, impondo prisão domiciliar" a ser cumprida em uma casa na cidade de Luis Guillón, no partido de Esteban Echeverría.
Ele só estava autorizado a sair em seis datas específicas "para participar do Programa Conversatório sobre Gênero e Cultura, da Secretaria de Direitos Humanos da Municipalidade de Lomas de Zamora".
Diante do cenário apresentado após a morte de Anabelia e dos depoimentos indicando que o acusado quebrou as restrições, a justiça determinou a aplicação de "um sistema de controle mais rigoroso". No entanto, apesar de o promotor Hugo Daniel Carrion ter solicitado a revogação do instituto para que a detenção de Benítez fosse ordenada, o juiz Juan Manuel Barreiro determinou a continuidade da prisão domiciliar, mas "sem saídas para o trabalho e com supervisão e controle por meio de tornozeleira eletrônica e GPS". O argumento foi que, além da contribuição das testemunhas, não havia "certeza concreta de que o acusado estava dentro daquele veículo".
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