Esportes
Dirigente, político, técnico: Como estão os jogadores da seleção no clássico jogo contra o Uruguai no Maracanã há 30 anos
Partida histórica aconteceu em setembro de 1993, e terminou com a vitória da seleção por 2 a 0 em atuação de gala de Romário
Desde o Maracanazo, em 1950, a rivalidade entre Brasil e Uruguai ganhou proprções elevadas e se tornou um dos maiores clássicos do futebol sul-americano. Em 1993, as seleções voltaram a se encontrar no Maracanã, e Romário garantiu a vitória por 2 a 0 pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 1994, sob os olhares atentos de mais de 100 mil torcedores. Veja por onde andam os jogadores brasileiros da época.
Um dos heróis do Tetra, conquistado em 1994, Taffarel estava em campo no duelo em 1993 e jogou até os 37 anos. Ele encerrou a carreira no Parma, da Itália, em 2003, mas não ficou longe dos gramados por muito tempo. Em 2011, começou a carreira de preparador de goleiros no Galatasaray, clube turco onde passou três temporadas. Desde 2021, ele passou a ocupar a função no Liverpool, e também foi integrante do trio de treinadores de goleiros da seleção brasileira sob o comando de Tite. Seu último trabalho na equipe do Brasil foi em junho, na comissão técnica do interino Ramon Menezes.
Treinadores, comentaristas e dirigentes
A carreira mais comum para os ex-jogadores desta época foi a de se tornarem técnicos de futebol. O exemplo mais famoso é Dunga, que comandou a seleção brasileira em duas ocasiões: entre 2006 e 2010, quando o Brasil foi eliminado nas quartas de final para a Holanda. Ele foi convidado novamente para o cargo em 2014, após a saída de Felipão motivada pelo 7 a 1, e ficou até 2016 no cargo. Desde então, optou por se afastar do futebol e hoje se envolve em projetos voluntários em Porto Alegre, onde mora com a família.
O ex-lateral direito Jorginho também seguiu como treinador. Ele já comandou clubes como Flamengo, América-RJ, Ponte Preta e também já atuou como auxiliar da seleção brasileira. Atualmente sem clube, fez seu trabalho mais marcante no Vasco, com três passagens pelo cruz-maltino, com a mais recente em 2022, quando assumiu na reta final da Série B para encaminhar o acesso.
O ex-zagueiro Ricardo Rocha : ele começou no CRB, foi para o Santa Cruz, e depois retornou ao clube alagoano. Em 2017, assumiu como coordenador do futebol do São Paulo, mas só permaneceu no cargo por cerca de um ano. Hoje, ele trabalha como e comentarista esportivo na Band. O ex-atacante Zinho trilhou os mesmos passos: foi técnico do Miami FC-EUA, do Nova Iguaçu e auxiliar técnico do Vasco, mas hoje é comentarista da ESPN.
Companheiro de zaga, Ricardo Gomes fez um caminho parecido: foi treinador de clubes como Fluminense, Flamengo, Vasco, São Paulo e Botafogo, no Brasil, e teve carreira internacional, comandando o PSG e o Al-Nassr. Ele estreitou os laços com a CBF e foi o técnico da seleção de base entre 2002 e 2024, o que posteriormente rendeu um convite para ser auxiliar da comissão brasileira, já na Era Tite. O ex-zagueiro também já se arriscou como dirigente, e tem passagens pelo Santos (como executivo de futebol), Bordeaux-FRA (gerente-geral) e Athletico (diretor-executivo de futebol).
O lateral-esquerdo Branco também se dedicou à carreira de técnico: começou como coordenador da base do Fluminense, subiu para o posto de treinador da equipe principal, e tem também passagens por Figueirense e Guarani. Atualmente, é coordenador das seleções de base do Brasil, onde foi campeão olímpico em Tóquio-2020.
Já o meia Mauro Silva preferiu seguir em funções mais administrativas: hoje, ele é vice-presidente da Federação Paulista de Futebol e embaixador da Conmebol no Brasil. O ex-jogador acumula as funções com o cargo de integrante do Conselho de Administração do ID BR, ONG que promove a igualdade racial no país.
Ida para a política
O ex-meia Raí criou a Fundação Gol de Letra, que promove a educação de crianças, adolescentes e jovens usando o esporte e a cultura como principais ferramentas. Ligado à movimentos sociais, em 2006 fundou o Atletas pela Cidadania — hoje rebatizado de Atletas pelo Esporte —, e o trabalho rendeu um convite para fazer parte do Grupo Técnico de Esporte do Gabinete de Transição Governamental após a vitória de Lula nas eleições de 2022. Ele também já foi diretor-executivo do São Paulo, entre 2017 e 2021, e também tem uma empresa de gestão de carreira de jogadores. Atualmente, cursa Mestrado em Ciências Políticas na Sciences Po, um dos mais importantes centro de estudos sociais e políticos do mundo, sediado em Paris.
A dupla histórica do Tetra, formada por Bebeto e Romário, seguiu na mesma direção. Depois de se aposentar do futebol, em 2009, Romário resolveu se dedicar à carreira política. Foi elteito Deputado Federal pelo Rio de Janeiro, em 2010, pelo PSB, e alçoou voos mais altos ao se candidatar ao Senado, em 2014. Ele começou o primeiro mandato pelo mesmo partido, no qual também já ocupou o cargo de presidente municipal, mas atualmente está em sua segunda legislatura, pelo PL, depois de passar também pelo Podemos.
Bebeto chegou a iniciar carreiras como treinador e mais tarde comentarista esportivo, mas que não duraram muito. Em 2010, foi eleito Deputado Estadual pelo Rio de Janeiro sob a sigla do PDT, e conseguiu a reeleição em 2014, pelo Solidariedade. Em 2018, resolveu se candidatar a Deputado Federal, pelo Podemos, e mais uma vez obteve a vaga. Ele foi reeleito em 2022, pelo PTB, mas desde então já deixou o partido e retornou ao Podemos.
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