Esportes
Novidade nas Olimpíadas de 2028, flag football cresce no Brasil e seleção feminina promete brigar por medalha
Onças do Brasil, como são chamados os representantes das equipes nacionais, venceram no ano passado o primeiro torneio Sul-Americano de flag football
Os Jogos Olímpicos de Los Angeles-2028 muito provavelmente terão a volta de três esportes: lacrosse, beisebol/ softbol e críquete; e a estreia de outros dois: squash e flag football. O último é uma modalidade que vem ganhando popularidade no Brasil nos últimos anos e é organizada pela Confederação Brasileira de Futebol Americano (CBFA).
O flag fotball surgiu com inspiração no futebol americano, mas com uma diferença fundamental: o contato entre os participantes não é permitido. O objetivo do jogo, assim com na modalidade original, é levar a bola de um lado do campo para o outro. Para parar as jogadas, os tackles, ou derrubadas, não são permitidos.
Assim, o recurso utilizado é a retirada as bandeiras — flags, em inglês, o que batiza a modalidade — presas nas cinturas dos atletas. Quando um jogador tem uma das bandeiras retiradas, a jogada é finalizada e o time que está no ataque precisa se reposicionar para uma nova tentativa.
As bandeiras são presas través de um cinto, que conta com encaixe para um bocal e a bandeira de fato. As dimensões estabelecidas pela IFAF, a Federação Internacional de Futebol Americano, na sigla em inglês, são de 38,1 a 40,6 cm de altura e 4,6 a 5,1 cm de largura.
Hoje, há varios formatos de flag football sendo disputados no Brasil. No Rio, o esporte se popularizou nas areias das praias, e conta com uma versão com quatro atletas de cada lado, o chamado Beach Flag. No campo, a modalidade mais comum é o Flag 5 x 5, com cinco atletas de cada equipe, disputado em quadras de 50 x 25 jardas — algo semelhante à dimensão de um campo de futebol society.
Aumento dos incentivos
Em parceria com a NFL, a CBFA anunciou no início do mês uma parceria para incentivar a prática do esporte. Hoje, em São Bernardo do Campo, será realizado um campeonato sub-12, com 12 equipes. A equipe vencedora irá representar o país no Pro Bowl, o jogo das estrelas, em 2024.
— Desenvolver as categorias de base e trabalhar com escolas e crianças sempre foi um grande desejo para nós. A colaboração entre a CBFA e a NFL impulsiona muito tudo isso — analisa Cris Kajiwara, presidente da CBFA.
Para Afia Law, a gerente internacional de desenvolvimento de flag football da NFL, expandir a modalidade ao redor do mundo é uma prioridade.
— Oferecer aos jovens atletas a oportunidade de jogar flag football nunca foi tão importante. O Brasil tem um apetite impressionante pelo esporte e estamos entusiasmados em trabalhar com a CBFA — conta Law.
O Brasil conta com uma seleção masculina e feminina da modalidade, reunindo atletas de diferentes equipes espalhadas pelo país. Para chegar à equipe ideal para disputar os campeonatos, são realizados campos de treinamento, espécies de peneiras, em várias cidades. A próxima será realizada em Curitiba, nos dias 21 e 22 de outubro.
Mesmo sendo um esporte pouco conhecido no Brasil, o desempenho da seleção feminina em campeonatos chama atenção. Em 2021, as Onças — como são chamadas as representantes nacionais — ficaram em quarto lugar no Campeonato Mundial Feminino, disputado em Israel. No ranking da IFAF, esta também é a atual colocação da equipe, enquanto no masculino a seleção ocupa a 17ª posição na tabela.
Os grandes destaques mundiais da competição são os Estados Unidos e o México, que ocupam as duas primeiras posições no ranking da IFAF.
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