Esportes
São-paulino morreu vítima de disparos de arma de fogo, mostra atestado de óbito
Jovem de 32 anos tinha deficiência auditiva e fazia parte da ala inclusiva "Surdos e Mudos tricolores" da torcida organizada Independente Tricolor
O são-paulino morto depois da final da Copa do Brasil no estádio do Morumbi foi vítima de disparo de arma de fogo, segundo o portal G1. A informação, de acordo com o site, está no atestado de óbito da vítima, divulgado pela família nesta terça-feira, 26.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), Rafael Garcia, de 32 anos, foi encontrado com um ferimento na cabeça durante confronto entre torcedores do clube e a Polícia Militar no final da tarde do domingo. Testemunhas afirmam que, durante a confusão, os polícias começaram a agredir os torcedores e não deixaram prestar socorro ao Rafael.
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Rafael tinha deficiência auditiva e fazia parte da ala inclusiva "Surdos e Mudos tricolores" da torcida organizada Independente Tricolor. Ele foi enterrado nesta terça (26).
O caso foi registrado como promover tumulto e homicídio na Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva – DRADE e é investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
Durante o velório na manhã desta terça-feira, segundo o G1, amigos e membros da Torcida Independente, do São Paulo, exibiram faixas pedindo investigação rigorosa do crime. A mãe de Rafael, Vilma Custódio dos Santos, afirmou que é preciso investigar quem foi o autor do disparo.
A versão da polícia
Em nota, a SSP disse que a Polícia Militar estabeleceu efetivo para garantir a segurança de torcedores, frequentadores e moradores da região do Morumbi, durante o jogo da final no último domingo (24), com apoio de batalhão e cavalaria. Segundo a pasta, houve um tumulto provocado por torcedores que queriam invadir uma área restrita. E, como foram impedidos de passar pelos PMs, os torcedores começaram a jogar garrafas na direção dos policiais, além de pedras e fogos de artifício.
Oito policiais ficaram feridos no confronto. A polícia diz que interveio com técnicas de menor potencial ofensivo, como jatos d'água.
Tiro, cavalaria e espada
Para dispersar os torcedores, a PM acionou agentes da cavalaria, que usaram "espadas" na tentativa de conter um tumulto. Imagens registraram diversos policiais empunhando a arma. Segundo a Polícia Militar, trata-se de um sabre que não possui corte, "sendo considerado uma arma de menor potencial ofensivo".
Ainda de acordo com a corporação, a utilização de granadas, "munição de impacto controlado”, foi necessária, assim como jato d'água.
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