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Ciclismo muda regra e proíbe mulheres trans em competições femininas

Redação com agencias 15/07/2023
Ciclismo muda regra e proíbe mulheres trans em competições femininas
Disputa feminina de ciclismo de pista nas Olimpíadas de Toquio 2020 — - Foto: Foto: Sebastian Gollnow/ Getty Images

Nesta sexta-feira (14/07), o Comitê de Gestão da Federação Internacional de ciclismo (UCI) mudou as regras e proibiu mulheres trans de participar de competições femininas do calendário internacional da modalidade. O atletismo tomou a mesma decisão em março.

Atletas transexuais femininas que fizeram a transição após a puberdade masculina não poderão mais competir. A nova regra entrara em vigor a partir do dia 17 de julho de 2023. A decisão veio depois que Austin Killips se tornou a primeira mulher abertamente transgênero a vencer um evento oficial de ciclismo no início deste ano.

Nesta sexta, a UCI afirmou que “tomou nota do estado do conhecimento científico, o que não confirma que pelo menos dois anos de terapia hormonal de afirmação de gênero com uma concentração plasmática de testosterona de 2,5 nmol/L seja suficiente para eliminar completamente os benefícios de testosterona durante a puberdade em homens”.

“Antes de tudo, a UCI gostaria de reafirmar que o ciclismo – como esporte competitivo, atividade de lazer ou meio de transporte – está aberto a todos, incluindo pessoas transgênero, a quem incentivamos como todos a participar de nosso esporte. Gostaria ainda de reafirmar que a UCI respeita e apoia integralmente o direito dos indivíduos à escolha do sexo que corresponde a sua identidade de gênero, qualquer que seja o sexo que lhes foi atribuído à nascença, mas tem o dever de garantir, acima de tudo, a igualdade de oportunidades para todos os concorrentes em provas de ciclismo” – declarou o presidente David Lappartient.

“É isso que levou a UCI a concluir que, dado o estado atual do conhecimento científico não garantir tal igualdade de oportunidades entre atletas transgênero e mulheres cisgênero participantes, por precaução, não irá autorizar a competir nas categorias femininas” – completou.