Economia
Bolsas da Europa fecham sem sinal único, com tensões geopolíticas, CPIs e à espera de BCs
As bolsas da Europa fecharam sem sinal único nesta quarta-feira, 18, ainda pressionadas pelas tensões geopolíticas no Oriente Médio, com poucas perspectivas no momento para avanços de negociações diplomáticas, enquanto o conflito pode se expandir com um envolvimento dos Estados Unidos. Por sua vez, diferente das últimas sessões, petroleiras recuaram diante da cautela com os efeitos da guerra para os preços do petróleo. Estiveram em foco ainda a decisão esperada para a reunião desta quarta do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), além da divulgação de índices de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) no continente.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,36%, a 540,33 pontos.
A expectativa do mercado financeiro europeu foi de o Fed deixar os juros básicos norte-americanos inalterados pela quarta vez seguida, diante das persistentes incertezas da política tarifária dos EUA e também dos riscos geopolíticos.
Nesta quarta, foi confirmado que o CPI da zona do euro desacelerou para 1,9% em maio, ficando abaixo da meta oficial de 2% do Banco Central Europeu (BCE), enquanto o CPI anual do Reino Unido arrefeceu para 3,4% no mês passado, mas ficou um pouco acima do esperado, um dia antes de o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) definir juros.
O BoE deve manter a taxa básica de juros em 4,25% ao ano na sua decisão, após cortá-la em 25 pontos-base (pb) no mês passado. A decisão ocorre após o Reino Unido ter sido o primeiro país a fechar um acordo tarifário com os Estados Unidos, ao mesmo tempo em que enfrenta queda no nível de emprego e a desaceleração do crescimento dos salários.
Assim, o BoE segurará as rédeas da flexibilização monetária dessa vez, voltando a cortar os juros em agosto, segundo o consenso consultado pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Em Londres, o FSTE 100 subiu 0,11%, a 8.843,47 pontos.
Já o dirigente do BCE Mario Centeno disse que a fraqueza da economia da zona do euro é preocupante e representa uma ameaça à meta de inflação. "Estamos muito preocupados com o crescimento na Europa porque ele não está acontecendo, e se não acontecer, a inflação não estará em 2%", disse. Mais cedo, o sueco Riksbank cortou seu juro básico em 25 pontos-base, a 2%.
A Airbus disse que aumentará o retorno para os acionistas, apostando que a demanda por aeronaves continuará a impulsionar o crescimento nos próximos anos. A fabricante europeia de aviões anunciou nesta quarta-feira que estava elevando seu índice de pagamento de dividendos para 30% a 50%, de uma faixa atual de 30% a 40%. Em Paris, as ações da empresa subiram 1,39%, onde o CAC 40 teve queda de 0,36%, a 7.656,12 pontos.
Em Frankfurt, o DAX caiu 0,39%, a 23.343,17 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 caiu 0,79%, a 7.388,68 pontos. Por outro lado, em Milão, o FTSE MIB avançou 0,08%, a 39.418,61 pontos. Em Madri, o Ibex35 teve alta de 0,08%, a 13.923,20 pontos.
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