Economia
Bolsas de NY fecham em queda e Dow Jones tem décima baixa após Fed indicar parcimônia futura
As bolsas de Nova York fecharam em queda, com o índice Dow Jones estendendo as perdas para a décima sessão seguida após o Federal Reserve (Fed) indicar que a taxa de juros pode ficar mais alta do que o esperado em 2025, depois de confirmar um corte no encontro de hoje. O Nasdaq despencou mais de 3%, com os ativos de tecnologia fortemente pressionados.
O Dow Jones caiu 2,58%, aos 42.326,87 pontos, registrando a série mais prolongada de baixa desde outubro de 1974. O Nasdaq derreteu 3,56%, aos 19.392,69 pontos, em uma realização acentuada diante dos recordes recentes. O S&P 500 retrocedeu 2,95%, aos 5.872,16 pontos.
"Os mercados acionários estão apenas digerindo e talvez recalibrando o quanto o Fed reduzirá as taxas no futuro", disse Thomas Urano, sócio-gerente da Sage Advisory em Austin, Texas.
Os juros dos Treasuries dispararam, com a taxa projetada no papel de 10 anos chegando a tocar 4,508% na máxima. O Fed reduziu a taxa básica de juro para a faixa entre 4,25% e 4,50%, como esperado e indicou aque pode cortá-las novamente duas vezes em 2025, ante a previsão anterior de quatro reduções. O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afirmou que há incertezas elevadas sobre os riscos de novas pressões inflacionárias nos Estados Unidos.
Os prognósticos mostraram um crescimento mais elevado no curto prazo, uma inflação mais elevada no curto prazo e um desemprego mais baixo no curto prazo. A mediana das projeções para a taxa de juros subiu.
Entre as componentes do Dow Jones, a American Express perdeu 4,20%, o Goldman Sachs caiu 4,47% e a Amazon recuou 5,15%. Recuperando-se de uma sequência de perdas, a Unitedhealth foi a única das 30 ações do índice que subiu, fechando em alta de 2,82%.
Além da Amazon, outras ações do bloco chamado 7 Magníficas cederam. A Apple caiu 2,14%; a Meta perdeu 3,59%, a Microsoft recuou 3,76% e a Alphabet, 3,59%. A Nvidia e Tesla recuaram 1,14% e 8,28%, respectivamente. A Tesla foi ainda pressionada por relatos sobre negociações para possível acordo de fusão das duas montadoras.
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