A riqueza dos bilionários se recuperou parcialmente no período de 2022/2023, impulsionado em parte pelos bilionários de consumo e varejo da Europa, depois de cair quase um quinto nos 12 meses anteriores. No geral, aponta estudo do UBS, o número total de bilionários aumentou em 7% globalmente, passando de 2.376 para 2.544 no período de 12 meses até 6 de abril deste ano.

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De acordo com o levantamento, denominado 'Billionaire Ambitions Report 2023', a riqueza total desses super-ricos registrou uma recuperação de 9% em termos nominais, passando de US$ 11,0 trilhões para US$ 12,0 trilhões - embora tenha se mantido estável em termos reais com a inflação global de 8,8% em 2022, de acordo com o FMI.

Apesar do aumento da riqueza, a comunidade de bilionários continua menor do que durante o pico registrado em 2021. Após a recuperação dos preços dos ativos pós-pandemia, ela contava com 2.686 indivíduos, com um valor agregado de US$ 13,4 trilhões.

Pela primeira vez durante as nove edições deste estudo, a região formada por Europa, Oriente Médio e África (EMEA) registrou o melhor desempenho, já que o aumento das compras pós-pandemia de 2022 impulsionou os lucros e os preços das ações das principais empresas de produtos de luxo e cosméticos da França, beneficiando as famílias bilionárias por trás delas. O patrimônio total na região EMEA aumentou 21%, chegando a US$ 3,2 trilhões, e o número de bilionários cresceu 10%, passando de 599 para 658.

A França é o país com maior concentração de riqueza bilionária da região, com 34 indivíduos que respondem por um total de US$ 501,6 bilhões, um aumento de 27% durante o período. Mas o número de bilionários aumentou mais em outros países da Europa Ocidental, a saber: Alemanha (95 para 109), Reino Unido (75 para 83), Itália (44 para 56) e Suíça (67 para 75).

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No Oriente Médio, os Emirados Árabes Unidos (EAU) tiveram um salto notável na riqueza, com um aumento de 157% de US$ 38,7 bilhões para US$ 99,4 bilhões, tornando-se o pais com mais bilionários do que qualquer outro da região. Em 2022, sua economia se recuperou fortemente da pandemia, com o PIB crescendo 7,6%. O número de bilionários dos EAU aumentou de 10 para 17.

O estudo aponta que a maior concentração de riqueza de bilionários do mundo ainda está nas Américas, embora tenha havido pouco crescimento. O continente tem 867 bilionários, responsáveis por um total de US$ 5,0 trilhões. No entanto, esse valor aumentou apenas 2,7% no período - significativamente atrás da taxa de inflação - enquanto o número de bilionários aumentou em 12, passando de 855 para 867.

Após um crescimento considerável durante a maior parte das duas últimas décadas, o ritmo de criação de riqueza na região da Ásia e Pacífico (APAC) foi relativamente lento, segundo o levantamento feito pelo UBS. O número de bilionários da região aumentou de 922 para 1.019, enquanto sua riqueza total cresceu 8,1% para US$ 3,7 trilhões.

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No entanto, de acordo com o UBS, isso mascara uma ampliação da riqueza em toda a região, já que os mercados com menor número de bilionários, como Indonésia, Filipinas, Cingapura e Taiwan, viram a riqueza aumentar em quase um terço. Em contrapartida, a riqueza dos bilionários caiu na Índia e expandiu-se mais lentamente na Grande China.

Veja abaixo quantos bilionários existem em cada região, incluindo o Brasil

Américas

Argentina - 4

Brasil - 45

Canadá - 42

Chile - 6

Colômbia - 1

México - 14

Peru - 4

Estados Unidos - 751

Total - 867

Europa Oriental (EMEA)

Áustria - 12

Dinamarca - 7

Finlândia - 7

França - 34

Alemanha - 109

Irlanda - 4

Itália - 56

Holanda - 10

Noruega - 9

Espanha - 24

Suécia - 26

Suíça - 75

Reino Unido - 83

Total - 456

Oriente médio (MEA)

Egito - 4

Israel - 26

Líbano - 2

Nigéria - 3

Arábia Saudita - 6

África do Sul - 5

Emirados Árabes Unidos - 17

Total - 63

Ásia-Pacífico (APAC)

Austrália - 41

China - 520

Cingapura - 41

Coreia do Sul - 32

Filipinas - 14

Hong Kong - 68

Índia - 153

Indonésia - 24

Japão - 38

Malásia - 14

Taiwán - 46

Tailândia - 28

Total - 1.019

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