Economia
Ministro defende que governo avalie a volta do horário de verão e cita benefícios econômicos
Em setembro, uma equipe técnica do MME havia descartado, por ora, a possibilidade de o governo voltar com o horário especial
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu nesta sexta-feira que o governo avalie a possível volta do horário de verão, se for confirmado benefícios econômicos com o adiantamento dos relógios em uma hora.
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Em entrevista à GloboNews, ele avalia que o debate sobre a volta desse horário especial não deve ficar restrito à necessidade de racionamento da energia. O Brasil, diz ele, está em condições de segurança energética.
— Eu tenho feito reiteradas reuniões a fim de que, mesmo não tendo necessidade energética, se avalie, o governo, a possibilidade de estimular a economia avaliando a possibilidade do horário (de verão) — disse. — É importante para o Brasil, mesmo que em um momento de segurança energética, quando ele (horário de versão) impactar positivamente a economia, a gente deve defendê-lo — complementa.
Este argumento sobre um possível benefício econômico com o horário de verão é defendido por entidades como a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Em uma carta enviada ao presidente Lula, em setembro, a Abrasel alega que seus estabelecimentos comerciais podem ter aumento entre 10% a 15% no faturamento, em função da mudança nos relógios.
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O argumento para justificar essa estimativa foi um possível aumento da frequência de clientes nos estabelecimentos e uma redução de custos das empresas, com o racionamento de energia.
— Eu vejo a discussão sem nenhum tabu. Inclusive, eu defendo isso no governo, que o horário de verão deve ser desatrelado da questão exclusivamente energética. Eu tenho defendido junto ao MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), junto a economia, que nós possamos olhar a questão do horário de versão de uma forma mais holística e de uma forma mais ampla — declarou Silveira.
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Em setembro, uma equipe técnica do Ministério de Minas e Energia (MME) havia descartado, por ora, a possibilidade de o governo voltar com o horário de verão. Essa política de horário especial foi extinta em abril de 2019, no governo de Jair Bolsonaro.
O adiantamento dos relógios em uma hora era justificado pela necessidade de redução de consumo de energia elétrica - na medida em que as pessoas poderiam, em tese, ter um melhor aproveitamento da luz natural.
Funcionava também como um estímulo para que as empresas e a população em geral pudessem encerrar as atividades do dia com a luz do sol ainda presente, sem precisar de iluminação artificial.
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Porém, os técnicos do MME identificaram mudanças no hábito de consumo da população, com uma maior demanda por energia elétrica no período da tarde. Logo, o horário de verão não teria o mesmo resultado no sentido de redução do consumo.
Como funcionava?
Essa política era aplicada nos seguintes estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e também no Distrito Federal;
Havia seletividade para regiões porque o horário de verão teria melhor eficácia nos locais do país mais distantes da Linha do Equador;
Sob a gestão de Bolsonaro, o MME identificou que, embora o melhor aproveitamento da iluminação natural levasse a menor consumo de energia, houve intensificação do uso de equipamentos como ar-condicionado, o que teria anulado esses efeitos.
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