Economia
Dólar recua com apetite por risco no mercado externo
O dólar opera em baixa moderada no mercado local em meio ao apetite por risco persistente no exterior e que pode estar estimulando novos ingressos de capitais estrangeiros no mercado local. Lá fora, o índice DXY do dólar ante moedas rivais sobe, mas a divisa americana opera também sem direção única ante moedas emergentes. Os juros futuros oscilam perto dos ajustes anteriores, influenciados pela deflação do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), queda dos retornos dos Treasuries e em manhã de espera pelos leilões de NTN-B e LFT do Tesouro (às 11 horas, de Brasília).
As bolsas europeias aceleraram ganhos há pouco, puxadas pelos índices futuros dos mercados acionários de Nova York, após novos balanços trimestrais melhores do que o esperado de grandes empresas americanas, como Goldman Sachs e Johnson & Johnson.
O Ibovespa futuro opera em alta na esteira das bolsas internacionais e ajudado por Vale, em meio avanço dos ADRs em Nova York após a divulgação ontem de dados operacionais do terceiro trimestre de 2022.
A produção de minério de ferro da mineradora atingiu 89,7 milhões de toneladas no terceiro trimestre de 2022, uma alta de 1,1% ante igual período do ano passado. Na comparação com o segundo trimestre, houve alta de 21%. Os dados de produção da Vale no terceiro trimestre vieram em linha com as expectativas da XP, que destaca a recuperação em metais básicos. Para a corretora, a melhora parece ser um importante ponto de virada para a divisão.
Entre as moedas principais, o euro e a libra recuam ante o dólar em meio a sinais de recessão na Alemanha, após altas ontem. Além disso, os investidores olham falas de dirigentes do BCE. O dirigente da instituição e presidente do BC da Irlanda, Gabriel Makhlouf, disse hoje á Reuters que a economia da zona do euro pode enfrentar uma recessão, mas altas de juros seguem absolutamente necessárias pois a persistentemente alta inflação está prejudicando a região e sua estabilidade.
Já o dirigente e presidente do BC do Chipre Constantinos Herodotou disse nesta terça-feira que o BCE precisa elevar juros várias outras vezes para domar a inflação, mas ressaltou que a instituição está mirando preços no médio prazo e que seus ajustes podem demorar até 18 meses para chegar à economia.
Na agenda de dados, embora tenha subido levemente em outubro, o índice ZEW de expectativas econômicas da Alemanha permanece em nível muito baixo, enquanto a medida de condições atuais caiu mais do que o esperado neste mês, ressalta a economista sênior para Europa da Capital Economics, Franziska Palmas. “Combinado com outras pesquisas, o ZEW aponta claramente que a Alemanha está em recessão”, diz Palmas, em nota a clientes.
Às 9h23, o dólar à vista caía 0,75%, a R$ 5,2632. O dólar para novembro recuava 0,40%, a R$ 5,2770.
Autor: Silvana Rocha
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