Economia
Bolsas de NY fecham em baixa, com geopolítica e commodities no radar
As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta terça-feira, 8, em uma sessão volátil, na qual a guerra na Ucrânia seguiu como o principal alvo de atenções, em um dia marcado pelos anúncios das restrições ocidentais sobre as importações de petróleo e gás da Rússia. As possíveis pressões inflacionárias e a disparada no mercado de commodities, que envolve uma série de previsões de altas ainda maiores para o barril de petróleo, seguem gerando incertezas.
O índice Dow Jones caiu 0,56%, a 32.632,64 pontos, o S&P 500 cedeu 0,72%, a 4.170,70 pontos, e o Nasdaq teve baixa de 0,28%, a 12.795,55 pontos.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a decisão de proibir a importação de petróleo e gás da Rússia. Enquanto isso, a Shell anunciou nesta terça-feira planos de gradualmente abandonar operações de hidrocarbonetos no país. Em compensação, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou que há empresas do setor que estão avaliando um aumento da produção em outros espaços. Com o noticiário agitado, a Chevron teve alta de 5,24%, enquanto a ExxonMobil subiu 0,76%.
Para Edward Moya, “os riscos geopolíticos e o aumento dos preços das commodities estão prejudicando as perspectivas de curto prazo do mercado de ações dos EUA e isso manterá as ações pesadas no curto prazo”. Hoje, alguns atribuíram um avanço nos índices em parte do dia às falas do presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky, de que havia “se moderado” sobre a entrada na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o que alguns interpretam como uma aproximação das demandas russas para uma desescalada. Ainda no noticiário do conflito, as ações do McDonald’s recuaram 0,69%, em dia no qual a empresa anunciou a suspensão dos seus serviços na Rússia.
O UBS vê uma série de incertezas no panorama, e acredita que, em seu cenário mais pessimista, o S&P 500 possa atingir os 3.700 pontos. Ainda assim, o banco vê muitas ações e setores negociando bem abaixo das altas recentes, criando um potencial ponto de entrada atraente para investidores de longo prazo. Entre os destaques, a instituição aponta empresas com exposição a inteligência artificial, big data e cibersegurança. Entre as altas de destaque em tecnologia hoje, Meta avançou 1,50% e a Tesla subiu 2,46%.
Autor: Matheus Andrade
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