Economia
Pesquisa é estratégia para fugir de distorções
Já no início da pandemia, Heliana Rosa Vieira, de 44 anos, notou que a diferença de preço de produtos idênticos entre supermercados havia aumentado muito. Para reduzir o impacto do gasto, ela passou a pesquisar mais.
“Antes da pandemia, eu não pesquisava preços entre os supermercados, porque não tinha tanta diferença, mas agora a diferença é bem grande”, afirma. Um quilo de alcatra, por exemplo, ela já chegou a encontrar por R$ 38 num supermercado e, em outro, por R$ 50. É uma diferença de R$ 12 que pesa no bolso quando se tem de alimentar uma família de cinco pessoas – ela, o marido e três filhos.
No caso do papel higiênico, Heliana conta que chegou a encontrar a embalagem de folha dupla com 16 rolos por R$ 14 num supermercado e por cerca de R$ 25 em outro. Na média dos itens, ela observa diferenças entre R$ 5 e R$ 6 nos preços de produtos entre lojas diferentes, o que não acontecia até um ano e meio atrás.
Para economizar, decidiu pesquisar antes da compra do mês. Como não tem computador nem internet em casa, percorre pelo menos três lojas do bairro onde mora, na Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte da capital, para descobrir onde estão as barganhas. “Encontro preços melhores nos supermercados menores, de bairro”, diz.
A estratégia tem dado certo. Por mês, Heliana gasta R$ 700 – sem a pesquisa, calcula que estaria desembolsando R$ 1 mil. Além disso, reduziu as quantidades. Feijão, que ela comprava três quilos por mês, hoje a família se vira com um quilo e meio. No caso do óleo de soja, as três garrafas de 900 mililitros que gastava a cada mês foram reduzidas para uma e meia.
Todo o esforço é para “encaixar” a despesa no orçamento, que também encolheu. Antes da pandemia, trabalhava em casa de família como mensalista. Perdeu o emprego e agora trabalha três dias na semana como cuidadora. “Minha renda caiu pela metade”, conta.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Autor: Márcia De Chiara
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