Economia
Para BCE, inflação na zona do euro pode ficar mais alta por problemas na cadeia
O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, afirmou que a inflação na zona do euro neste ano “pode ficar ainda mais elevada do que nós pensamos agora, caso persistam problemas na cadeia” de suprimentos. Atualmente, o BCE projeta que os preços continuem a acelerar até novembro, desacelerando a 1,7% em 2022 e 1,5% em 2023.
Guindos disse que há “bons motivos” para o nível atual dos preços, mais elevado, como a forte queda na atividade econômica no ano passado diante da pandemia, portanto a base de comparação influi. Além disso, ele citou outros fatores, como uma redução temporária no imposto sobre valor agregado na Alemanha no segundo semestre de 2020.
As declarações foram dadas durante entrevista a dois jornalistas, Joost van Kuppeveld e Daan Ballegeer, e disponibilizadas no site da instituição.
O vice do BCE disse que os problemas na cadeia de produção trazem consequências não apenas para os preços de microchips e semicondutores, “mas também para energia e os preços de transporte, por exemplo”.
Segundo ele, até agora há poucos aumentos de salários diante dos preços mais altos, mas isso poderia mudar no outono local, quando muitas negociações salariais devem ocorrer, e o BCE monitora essa questão.
Autor: Gabriel Bueno da Costa
Copyright © 2021 Estadão Conteúdo. Todos os direitos reservados.
Mais lidas
-
1CRISE INTERNACIONAL
UE congela ativos russos e ameaça estabilidade financeira global, alerta analista
-
2REALITY SHOW
'Ilhados com a Sogra 3': Fernanda Souza detalha novidades e desafios da nova temporada
-
3DIREITOS DOS APOSENTADOS
Avança proposta para evitar superendividamento de aposentados
-
4TENSÃO INTERNACIONAL
Confisco de ativos russos pode acelerar declínio da União Europeia, alerta jornalista britânico
-
5FUTEBOL INTERNACIONAL
Flamengo garante vaga na Copa do Mundo de Clubes 2029 como quinto classificado