Curiosidades
Após post de Natal, residentes do Retiro dos Artistas ganham presentes e preparam novos pedidos: 'Beiçola pediu uma máquina de costura'
Ator Jaime Leibovitch, que queria um Kindle para leitura, já foi atendido
O Natal do Retiro dos Artistas tem tudo para ser mais farto neste 2025. O motivo é o fez no Instagram (@retirodosartistas.org.br), com pedidos de presente dos residentes. Teve de tudo: de Kindle (aparelho para leitura de livro) até apartamento, mas, sobretudo, saúde e companhia da família.
A repercussão, segundo Cida Cabral, diretora do Retiro, tem sido a melhor possível.
—O Jaime (Leibovitch) já ganhou o Kindle, mas o André (Oliveira) ainda não ganhou o apartamento — conta Cida do GLOBO, referindo-se à brincadeira do residente que pediu um "apartamento na Avenida Atlântica em Copacabana". — A galera tem recebido um carinho muito bacana pelas redes sociais.
Ela explica, no entanto, que a muita gente tem feito confusão com o fato de os artistas pedirem encontros com familiares.
— Algumas pessoas acham que eles não têm visitas, mas claro que têm convívio, visitação. Eles quiseram reforçar o desejo de estar com os parentes neste fim de ano também.
Dúvidas sanadas, Cida dá spoiler: ela e sua equipe já prepararam fotos de outros residentes, com desejos variados, que serão divulgados nos próximos dias.
— Hoje mesmo, um residente disse querer fazer a foto porque quer ganhar uma bateria. Tem gente querendo microondas. O Marcos Oliveira, o Beiçola, quer ganhar uma máquina de costura — diz a diretora. — Deixamos todo mundo bastante à vontade. Falamos a ideia, e eles mesmo falaram que queriam fazer.
O que é a campanha
No primeiro post de Natal, a instituição apresenta alguns de seus residentes mostrando desejos para a data. "Pedimos aos nossos residentes que escolhessem o que gostariam de ganhar no Natal e cada pedido carrega um pedacinho da história, da memória e do desejo de cada um deles", diz a legenda.
Até a publicação desta matéria, o post já tinha mais de 800 comentários e quase 350 compartilhamentos.
Trabalho feito com ajuda de doações
Fundado em 1918, o Retiro do Artistas abriga atores, dançarinos, figurinistas, músicos, maquiadores, produtores e outros profissionais das artes, oferecendo moradia, alimentação e cuidados de saúde. O trabalho é feito com ajuda de doações, parcerias e trabalho voluntário. Localizado em Jacarepaguá, na Zona Sudoeste do Rio, o espaço tem cerca de 50 casas distribuídas num espaço de mais de 15 mil metros quadrados.
A estrutura inclui refeitório, teatro, cinema, biblioteca, piscina e salão de beleza. Além disso, os residentes têm acesso a plano de saúde, atendimento médico e psicológico, acompanhamento de enfermagem diário e atividades como yoga, leitura, oficinas de teatro, sessões de cinema e natação.
No final do ano passado, o Retiro dos Artistas recebeu duas novas casas doadas por Marieta Severo, o que possibilitou receber mais moradores, sendo um deles o ator Marcos Oliveira, o Beiçola, de "A grande família", programa da TV Globo da qual a atriz também participou. Antes, Marieta já havia financiado outras três casas no local.
Residentes enfrentam preconceitos
O ator Jaime Leibovitch, visto recentemente em “Êta mundo melhor!” como o Barão Deschamps, relatou à coluna Play, do GLOBO, que decidiu se mudar para o Retiro dos Artistas após perder o único filho em um acidente de carro. " Isso, de certa maneira, me impulsionou a tomar a decisão de procurar o Retiro", disse o ator, ressaltando existir um preconceito contra os artistas que vivem na instituição.
— Quantas vezes peguei táxis para o Retiro dos Artistas e ouvi a mesma pergunta do motorista: "Como esses artistas dilapidaram toda a fortuna para ir parar no Retiro dos Artistas?". E a expressão é essa: "foi parar". Isso se vê na imprensa: "Fulano, estrela global, foi parar no Retiro dos Artistas".
O ator Stephan Nercessian, presidente do Retiro dos Artistas, lembrou à coluna Play que a instituição é uma ILPI (Instituição de Longa Permanência para Idosos) e, por isso, precisa de recursos. Toda doação é bem-vinda.
— Precisamos cumprir exigências determinadas pelo Ministério Público, como contratar assistentes sociais, psicólogos. Tudo isso custa dinheiro, estamos nos adaptando, mas é uma luta constante.
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