São Paulo

Mais de quatro décadas após a morte do cineasta, uma retrospectiva homenageia o pioneirismo de François Truffaut no movimento vanguardista que revolucionou o cinema mundial. Jornalista e crítico da tradicional revista Cahiers du Cinéma, Truffaut destacou-se como cineasta nos anos 1950 e tornou-se um dos principais nomes da Nouvelle Vague francesa.

Ao lado de diretores como Jean-Luc Godard, Truffaut defendeu um cinema marcado pela assinatura do diretor, conceito hoje conhecido como “cinema de autor”. Em suas obras, incorporou a cidade, as pessoas e o uso da luz natural, características que se tornaram marcas registradas de seu estilo. Apesar de ter falecido precocemente aos 52 anos, sua obra permanece atemporal. A mostra é idealizada pelo Grupo Filmes da Estação.

“Os incompreendidos”, seu longa de estreia em 1959, abre a programação desta primeira etapa, acompanhado do curta “Os pivetes” (1957). A seleção ainda conta com cópias restauradas em 4K de filmes como “Atirem no pianista” (1960), “Um só pecado” (1964) e “As duas inglesas e o amor” (1971).

Além dos filmes do cineasta francês, a programação inclui o documentário “Godard, Truffaut e Nouvelle Vague” (2010), seguido de bate-papo. Dirigido por Antoine de Baecque e Emmanuel Laurent, o filme revisita cinco décadas do movimento e relembra a apresentação de “Os incompreendidos” no Festival de Cannes de 1959, além da criação de “Acossado”, de Godard.

Os ingressos para a primeira semana da mostra estão disponíveis a partir das 17h desta segunda-feira (8), no site e no aplicativo do Sesc São Paulo, além das bilheterias das unidades. O valor único é de R$ 10.

Confira as sessões da primeira semana:

“Os incompreendidos” (1959): quinta, dia 11, às 15h;

“Os pivetes” (1957): junto da sessão de “Os incompreendidos”;

“O último metrô” (1980): quinta, dia 11, às 20h;

“Atirem no pianista” (1960): sexta, dia 12, às 18h;

“Jules e Jim” (1962): sexta, dia 12, às 20h;

“Um só pecado” (1964): sábado, dia 13, às 20h;

“Domicílio conjugal” (1970): domingo, dia 14, às 18h;

“O quarto verde” (1978): segunda, dia 15, às 18h;

“A sereia do Mississipi” (1969): terça, dia 16, às 15h;

“Godard, Truffaut e a Nouvelle Vague” (2010): terça, dia 16, às 20h (seguida de bate-papo);

“O amor em fuga” (1978): quarta, dia 17, às 18h;

“As duas inglesas e o amor” (1971): quarta, dia 17, às 20h.