Curiosidades
Com romance narrado por árvore, Mariana Salomão Carraca se torna bicampeã do Prêmio São Paulo de Literatura
Escritora paulista levou o troféu na categoria melhor romance do ano de 2024; obra do mineiro Marcílio França Castro foi escolhida na categoria melhor romance de estreia do ano de 2024
Nesta segunda-feira (24), a escritora paulista . Em cerimônia realizada na Biblioteca Parque Villa-Lobos, na Zona Oeste da capital paulista, a autora de “A árvore mais sozinha do mundo” (Todavia) recebeu o troféu da categoria melhor romance do ano de 2024. Mariana já havia vencido o mesmo concurso em 2023, com o romance “Não fossem as sílabas do sábado” (Todavia).
'O agente secreto':
Leitora:
Aos 39 anos, Mariana é uma das vozes mais celebradas da nova literatura brasileira. Autora de vários livros — incluindo o infantil “Sabor paciência” (Baião”) —, concorreu ao Prêmio Jabuti de melhor romance literário com “Se deus me chamar não vou”, em 2020, e com “É sempre a hora da nossa morte amém”, em 2022 (os dois livros foram editados pela Nós).
Em nota, a organização do Prêmio São Paulo de Literatura descreveu “A árvore mais sozinha do mundo” como “um romance que se destaca pela combinação rara de rigor estético e invenção formal”. “A opção por narradores inusitados — entre eles uma árvore — confere à obra uma perspectiva simbólica singular e amplia o alcance de sua reflexão sobre trabalho, memória e resistência no ambiente rural. Mariana Salomão Carrara constrói um retrato sensível e complexo da vida no campo, evitando didatismos e equilibrando poesia, precisão e força crítica”, afirma a nota.
Flup:
Estavam na disputa outros nove romances, como “Ressuscitar mamutes” (Autêntica Contemporânea), de , “Casa de família” (Companhia das Letras), de Paula Fábrio, e “Escalavra”, de Marcelino Freire (Record).
Já o escritor mineiro venceu o troféu de melhor romance de estreia do ano de 2024 com “O último dos copistas” (Companhia das Letras), obra que tematiza o próprio ato da escrita. “Com prosa elegante e estrutura inventiva, o romance mescla história, ficção e reflexão literária de maneira fluida, explorando as tensões entre o analógico e o digital e o papel dos mediadores do texto no mundo contemporâneo”, afirma a nota enviada pelo concurso literário. O mineiro é autor de três livros de contos, como “Breve cartografia de lugares sem nenhum interesse” (7Letras), pelo qual recebeu o Prêmio Clarice Lispector da Fundação Biblioteca Nacional.
Escritor e refugiado:
“O último dos copistas” superou concorrentes como (Companhia das Letras), “O embranquecimento”, de Evandro Cruz Silva”, e “A união das Coreias”, de Luiz Gustavo Medeiros (Reformatório).
Os vencedores receberão, cada um, R$ 200 mil. Além da premiação em dinheiro, os ganhadores representarão o concurso na 40ª Feira Internacional do Livro de Guadalajara, no México, em 2026.
Esta é a 18ª edição do Prêmio São Paulo de Literatura, que é realizado pelo governo paulista por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas. Este ano, 323 obras concorreram ao prêmio: 158 na categoria melhor romance do ano de 2024 e 165 como melhor romance de estreia do ano de 2024.
“Premiar autores que inovam e emocionam é reiterar o papel da cultura como força estratégica para o desenvolvimento humano. O Prêmio São Paulo de Literatura reforça nosso compromisso com a formação de leitores e a valorização da criação literária, que tem o poder de transformar realidades”, afirmou, em nota, Marilia Marton, secretária da Cultura do Estado de São Paulo.
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