Curiosidades

O que Belém tem? Seis atrações culturais da capital paraense que podem conquistar Friedrich Merz

Da música à literatura, do cinema às artes visuais, a cidade amazônica encanta com fenômenos únicos e cheios de identidade

Agência O Globo - 18/11/2025
O que Belém tem? Seis atrações culturais da capital paraense que podem conquistar Friedrich Merz
Friedrich Merz - Foto: Reprodução / Instagram

Uma declaração polêmica com críticas à cidade de Belém, feita por Friedrich Merz, líder da oposição alemã, durante a COP30, gerou uma onda de indignação entre parlamentares de diversos países. Após deixar o evento, Merz — conhecido por suas posturas consideradas arrogantes — afirmou que sua comitiva se arrependeu de visitar o Brasil. O presidente brasileiro rebateu: "Na verdade, ele deveria ter ido a um boteco no Pará, deveria ter dançado, deveria ter provado a culinária do Pará, porque ia perceber que Berlim não oferece para ele 10% da qualidade que oferece o estado do Pará e a cidade de Belém".

A seguir, listamos seis atrações culturais de Belém que se destacam pela singularidade e autenticidade. São manifestações vibrantes, cheias de cor, sabor e identidade, que só existem nesse pedaço de terra banhado pelos rios da Amazônia.

Aparelhagens no Pará

A música é uma das maiores expressões culturais do Pará, impulsionada por artistas como Dona Onete, Zaynara e Gaby Amarantos, que se destacaram com o fenômeno das aparelhagens — verdadeiros monumentos de som, luz e cor. Para montar uma aparelhagem de ponta, o investimento supera R$ 3 milhões, incluindo caixas potentes, telões de LED, holofotes, estruturas de alumínio e geradores de alta potência. Todo esse aparato é transportado em carretas especialmente adaptadas.

Gastronomia no Pará

Belém é um festival de sabores únicos. Da feira do Mercado Ver-o-Peso aos restaurantes premiados, a culinária local conquista cada vez mais paladares em todo o Brasil. Não por acaso, a gastronomia paraense tem ganhado destaque nacional. O chef Thiago Castanho resume: "Foi só quando cheguei em São Paulo que percebi o quanto desconhecem o Pará, nossa comida e nosso modo de viver. Hoje, os sabores amazônicos são conhecidos em todo o país, deixaram de ser exotismo e nossos ingredientes estão mais acessíveis".

Cinema no Pará

O Pará já foi cenário de clássicos do cinema brasileiro, como "Iracema — Uma transa amazônica" (1975), de Jorge Bodanzky e Orlando Senna, e "Bye bye Brasil" (1980), de Cacá Diegues, além de produções recentes como "Pureza" (2022), de Renato Barbieri, e "Manas" (2024), de Marianna Brennand. O estado também figura em produções internacionais, como "A floresta de esmeraldas" (1985), de John Boorman, que marcou a estreia de Dira Paes.

Literatura no Pará

Autores como Edyr Augusto, Fábio Horácio-Castro, Monique Malcher e Airton Souza têm renovado o olhar sobre o Pará, retratando a diversidade de um estado marcado pela exuberância da floresta e dos rios, mas também por desafios sociais e urbanos.

Arquitetura no Pará

A arquitetura de Belém reflete sua história, do colonial ao modernismo do chamado 'raio-que-o-parta'. Recentes obras de infraestrutura e mobilidade, impulsionadas pela COP30, representam a mais nova transformação urbana em seus 409 anos. Desde o Forte do Presépio, construído no século XVII para proteger a Amazônia, até sua ascensão como capital do Grão-Pará e Maranhão, Belém consolidou-se como um dos principais centros urbanos do Norte do país.

Artes visuais no Pará

Belém se firma como polo cultural, com artistas locais ganhando visibilidade e enfrentando desafios para conquistar espaço fora do eixo central do mercado de arte brasileiro.