Curiosidades
Público participa de 'coautoria' artística com IA em exposição no Centro do Rio
Em cartaz na Meta Gallery, a individual 'Isto não é um prompt', do artista computacional Marlus Araujo, traz obras que capturam imagem e movimento dos visitantes
Os transeuntes que olham de passagem pela tela colocada na vitrine da , costumam tomar um pequeno susto: entre as imagens exibidas no visor, estão as delas próprias, capturadas em tempo real enquanto passam na calçada e processadas por um programa de inteligência artificial.
Assalto ao Louvre:
Rembrandt bem de perto:
Ao entrar pela porta ao lado, o passante descobrirá que sua imagem fez parte, por um instante, da instalação digital 'Captura involuntária', uma das obras do artista computacional Marlus Araujo na individual "Isto não é um prompt", em cartaz na galeria até o dia 31 deste mês. Lá dentro, estão outros trabalhos que incorporam a IA à arte digital, a exemplo de "ElementAIs", que, inspirada no I Ching, transforma os cinco elementos da natureza em experiências imersivas, por meio de projeções geradas por computador. Ou a escultura robótica "Maboroshi", desenvolvida em parceria com Gabriela Castro, que utiliza o sensor de movimento Kinect (criado para o console Xbox) para reagir seguindo os visitantes com o olhar.
— Todos os meus trabalhos têm a participação do público, mas penso neles mais do que como obras interativas, vejo como se fosse uma coautoria mesmo, com o público e a máquina. Tem o meu trabalho generativo, com a interseção da IA, mas ela é concluída pela participação do público — explica Araujo. — Nós costumamos pensar no humano e na máquina separados, mas estamos vendo a conexão das inteligências.
Após a exposição, que conta com a curadoria da pesquisadora em Tecnologia e Sociedade Paula Martini, Araujo vai levar o conceito de "ElementAIs", para o Hiperorgânicos, evento de criação em arte e ciência da EBA-UFRJ que será realizada entre 4 e 7 de novembro, no Futuros - Arte e Tecnologia, no Flamengo, Zona Sul do Rio. Fundador da galeria, Byron Mendes vê o uso da inteligência artificial na arte com a adaptação de uma tecnologia, como aconteceu anteriormente com a tinta a óleo, a fotografia ou o cinema.
— A IA já faz parte da nossa vida, a próxima etapa dessa evolução é a implementação em larga escala de robôs na sociedade, com uma infraestrutura da inteligência artificial. E, como a arte historicamente, acompanha todos os desdobramentos tecnológicos, acredito que vai se utilizar dessa robótica com IA cada vez mais — avalia Mendes.
'Isto não é um prompt' Onde: Meta Gallery — Rua da Assembleia, 40, Centro. Quando: Seg a sex, das 10h às 18h. Até 31/10. Quanto: Grátis
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