Cidades

James Ribeiro pede sensibilidade do governo e do STF em conflito por terras na Serra da Boa Vista

Ex-prefeito de Palmeira dos Índios acompanhou ação da Funai e cobrou respeito aos direitos de pequenos agricultores com propriedades escrituradas na área em disputa

Cinara Corrêa 07/10/2025
James Ribeiro pede sensibilidade do governo e do STF em conflito por terras na Serra da Boa Vista
Ex-prefeito James Ribeiro - Foto: Cada Minuto

O ex-prefeito de Palmeira dos Índios, James Ribeiro, fez um apelo nesta segunda-feira (7) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que observem “com sensibilidade” a situação dos pequenos agricultores que possuem terras compradas e escrituradas na área da Serra da Boa Vista, região que está sendo analisada para demarcação indígena.

A manifestação ocorreu durante uma ação de vistoria da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), que esteve no local acompanhada por equipes do 10º Batalhão da Polícia Militar e do Batalhão de Gerenciamento de Crises. A operação faz parte do processo de levantamento das propriedades e benfeitorias da região.

Durante a visita, James Ribeiro questionou a legalidade da entrada da equipe nas propriedades, pedindo que apresentassem mandado judicial e destacando a ausência de um oficial de justiça. Os representantes da Funai informaram que estavam de posse de documento com força de decisão judicial, o que permitiria a execução das vistorias.

O advogado Otto Ribeiro, filho do ex-prefeito, também acompanhou a ação e pediu a verificação da validade do documento. Após a análise feita em conjunto com o tenente Lins, responsável pela equipe do Batalhão de Crises, foi confirmada a natureza judicial da autorização, permitindo a continuidade dos trabalhos.

Mesmo com o impasse resolvido, James Ribeiro expressou preocupação com os pequenos produtores rurais, ressaltando que muitos têm posses legalizadas e dependem da terra para sobreviver. Ele pediu que o Governo Federal e o STF considerem os direitos e a segurança jurídica das famílias durante o processo de demarcação.

“É preciso olhar com humanidade para quem vive e trabalha nessas terras há décadas, sem que haja injustiças ou perdas irreparáveis”, afirmou o ex-prefeito.