Cidades
Mercado Público de Palmeira dos Índios segue com reforma paralisada: população cobra respostas sobre obra milionária
Neste sábado (29), dia de tradicional feira livre em Palmeira dos Índios, o cenário que se repete é o mesmo: feirantes improvisando espaços, comerciantes reclamando da estrutura precária e consumidores tentando circular em meio ao abandono do Mercado Público Municipal Olavo Marchante. Enquanto isso, a obra de “reforma e ampliação” do equipamento segue paralisada, sem qualquer previsão de retomada, mesmo com um investimento vultoso que ultrapassa os R$ 4,4 milhões.
A placa ainda exposta na entrada do mercado informa que a obra teve início previsto para 12 de junho de 2023, com conclusão marcada para 12 de junho de 2024. No entanto, o prazo expirou e nenhuma movimentação de retomada foi observada no local. A população cobra: quanto já foi gasto? Quanto ainda falta? E quando a obra será, de fato, entregue?
A responsabilidade recai tanto sobre a gestão anterior, do ex-prefeito Júlio Cezar, quanto sobre a atual prefeita Luísa Duarte, que até o momento não se pronunciou oficialmente sobre a situação. A Secretaria Municipal de Infraestrutura também se mantém em silêncio, ignorando o clamor dos que sobrevivem do comércio no local e dos consumidores que dependem da feira como principal ponto de abastecimento.
A empresa responsável, contratada por meio de dispensa de licitação, também não oferece explicações sobre o que motivou a paralisação. Trata-se de uma obra que prometia modernizar o mercado e garantir dignidade para trabalhadores e usuários, mas que agora representa mais um símbolo do descaso com o dinheiro público.
A ausência de transparência e de um cronograma atualizado aprofunda a desconfiança. O valor exato previsto na placa da obra é de R$ 4.462.498,32, montante que o povo de Palmeira dos Índios quer ver justificado centavo por centavo.
É preciso que o Ministério Público e o Tribunal de Contas acompanhem a execução dessa obra, fiscalizando os valores repassados e os motivos da paralisação. O silêncio do poder público não pode se sobrepor ao direito da população de saber onde foi parar mais uma promessa não cumprida.
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