Na noite deste domingo (18), os ambulantes que participam do Festival de Inverno de Palmeira dos Índios expressaram sua indignação com a organização do evento. Eles denunciaram que foram alocados em áreas periféricas da festa, enquanto outros comerciantes foram privilegiados com locais mais centrais e movimentados, o que afetou drasticamente suas vendas.

Um dos representantes dos ambulantes, visivelmente frustrado, relatou: "Prefeito, nós estamos passando por uma situação gravíssima aqui. Ficamos em locais onde as pessoas simplesmente não entram. Estamos acampados em pontos onde não há movimento, e nossas barracas na Praça do Skate não estão vendendo absolutamente nada. Isso é um absurdo em uma festa desse porte. Pedimos que o senhor intervenha e abra pelo menos um dos portais ou nos coloque em locais mais acessíveis."

Os ambulantes investiram valores significativos para participar do festival, com alguns chegando a gastar até R$ 4.800 para garantir o espaço e pagar as despesas de energia. No entanto, o retorno foi extremamente abaixo do esperado. Um dos ambulantes revelou: "Gastei R$ 80 por noite e só consegui arrecadar R$ 10. Como vamos sustentar nossas famílias assim? Precisamos que o prefeito nos ajude abrindo as portas para que possamos trabalhar."

Outro comerciante comparou a situação a um "curral de gado", afirmando que foram literalmente cercados, com apenas uma entrada aberta para o público. "Estamos presos em um local onde não há fluxo de pessoas. Como vamos conseguir vender? Pedimos que o prefeito olhe por nós e nos realoque para uma área onde possamos, ao menos, recuperar o investimento feito."

Os ambulantes, que esperavam aproveitar o festival para melhorar suas rendas, agora enfrentam grandes prejuízos. Eles pedem uma ação imediata do prefeito e da organização do evento para que possam ser realocados para áreas onde haja maior circulação de pessoas, garantindo assim a possibilidade de um retorno justo ao investimento realizado.

A situação exposta pelos ambulantes destaca a falta de planejamento e de diálogo com os trabalhadores que dependem do evento para garantir seu sustento. Eles clamam por uma solução rápida para que o festival não se transforme em um desastre financeiro para aqueles que mais precisam.