A jornalista Valdete Calheiros, colaboradora da Tribuna Independente, foi a autora de uma reportagem, onde relata uma reunião entre os moradores dos Flexais com representantes da ONU Habitat, uma agência especializada da Organização das Nações Unidas, nesta quinta-feira, 17. A agência é dedicada à promoção de cidades mais sociais e ambientalmente sustentáveis, de maneira a que todos os seus residentes disponham de abrigo adequado. É o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos.

Um dos líderes do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB), Maurício Sarmento, explicou que o encontro é mais uma tentativa de dar visibilidade à falta de condições dos moradores que estão em completa situação de isolamento.

Por alguns instantes, a convite dos líderes do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem e da comunidade local, a comitiva da ONU Habitat circulou pelo Flexal, subindo e descendo as escadarias como se fosse residente naquele local. Durante a visita, os integrantes do grupo puderam conhecer e dirimir dúvidas sobre o maior desastre ambiental em curso no mundo, atualmente.

O representante da ONU Habitat, Alex Rosa, chegou a fazer registros fotográficos usando seu próprio aparelho celular. Com um guarda-chuva em mãos, andou lado ao lado dos moradores, ouvindo, atenciosamente, os relatos emocionados de quem convive com o que ainda resta das suas casas, dos seus sonhos, afundados pela mineradora Braskem.

A comitiva da ONU Habitat colheu depoimentos dos moradores sobre as condições de habitabilidade, recebeu atualizações sobre os processos de indenização repassados pelos representantes do Movimento e andou por algumas ruas dos Flexais. O objetivo foi reconhecer o território e compreender a situação atual da região.