Brasil
À Sputnik Brasil, Ricardo Cappelli destaca trabalho para fortalecer a indústria de defesa brasileira
Em entrevista à Rádio Sputnik Brasil, Ricardo Cappelli, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), destacou o trabalho do órgão para fortalecer a indústria de defesa no Brasil.
O mundo está se reorganizando, com a formação de um novo equilíbrio de forças que aponta para a Ásia. Diante desses novos desafios, um país em desenvolvimento como o Brasil precisa reforçar sua soberania, diz Cappelli.
Nesse sentido, o presidente da ABDI falou sobre o trabalho feito pela agência em parceria com o Ministério da Defesa e a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), para mapear a situação e os desafios da indústria de defesa brasileira.
"A indústria de defesa é uma indústria basilar, porque ela estrutura uma série de outras indústrias."
Como exemplo, Cappelli cita o desenvolvimento do telefone celular, feito a partir de" pesados investimentos" feitos pelos Estados Unidos.
"A partir de investimentos da indústria de defesa derivam inovações tecnológicas que depois viram produtos para as empresas. Então, a indústria de defesa ela é uma indústria base, que ela estrutura investimentos, inovações que depois viram produtos para a população. Ela não se restringe apenas a produtos de defesa", acrescentou.
Segundo Cappelli, o intuito do trabalho na Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial é também buscar insumos para fortalecer as políticas públicas voltadas para essa indústria. Para isso, uma série de reuniões e seminários estão sendo feitos, afirmou.
'Dados são o novo petróleo'
Em sua entrevista, o presidente da ABDI ressaltou, também, a necessidade do Brasil construir a sua soberania com respeito ao tratamento de dados.
"Essa é uma questão central para o país, porque os dados são o novo petróleo, o novo ouro do século XXI", exemplificou.
Cappelli também afirmou não ser razoável, por questões de segurança e soberania, que dados de autoridades brasileiras circulem em aplicativos de mensagem de empresas privadas de países estrangeiros.
Nesse sentido, ele afirmou que a ABDI tem trabalhado para encontrar alternativas e soluções para apresentar junto com ao governo, "para que a gente possa ter soberania na questão de tratamento de dados", completou.
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